quarta-feira, 29 de abril de 2009

QJornal é esse?

Esse blog foi criado pelos alunos do curso de Comunicação Social / Jornalismo da Unipac Lafaiete. O objetivo é divulgar matérias escritas por estes futuros profissionais. Mostrar o que o internauta quer ler, com textos dinâmicos que focam Lafaiete e a região, enaltecendo as belezas e riquezas da comunidade. O que há de mais moderno no mundo da tecnologia, as novidades na educação, esporte e lazer estão aqui. A cultura também não fica de fora. Mas quem procura tragédia está no lugar errado. No QJornal você vai encontrar informações úteis para a sociedade. Enfim, o blog vem mostrar o que a galera está produzindo de uma forma positiva e sem perder o foco no jornalismo sério e com responsabilidade. E para isso, nada melhor do que utilizar um meio de comunicação democrático: a internet, que, através do blog, auxilia e estimula a produção de textos.

Márcia Bergo

sábado, 25 de abril de 2009

Governo reajusta preços de remédios


Sérgio Alfenas e Jacqueline Romero – Alunos do 7º Período

A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) informou que cerca de 20 mil medicamentos sofreram reajuste neste mês de abril. O aumento médio varia de 3,18% a 5,9%, de acordo com a Cmed. Somente os fitoterápicos, homeopáticos e matérias-primas farmacêuticas não estão submetidos ao teto do reajuste.

Para os proprietários de farmácia, esse aumento já era esperado. As indústrias e distribuidoras repassam obrigatoriamente aos estabelecimentos que comercializam os remédios (drogarias e farmácias) o diferencial do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), entre o estado de origem e o destino. Esse reajuste anual é calculado com base na variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), cargas tributárias do ICMS, PIS/PASEP e Cofins, tudo na forma da lei.

Grandes redes como Araújo e Onofre conseguem acordos com indústrias ou distribuidoras, devido ao grande volume de mercadoria que adquirem. Com isso, podem dar descontos sem prejuízos.

Os remédios mais usados são direcionados a cardíacos e diabéticos, além daqueles prescritos para doenças sazonais como gripes e resfriados e os de uso psiquiátrico. Atualmente, esses medicamentos são fornecidos gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ou adquiridos nas farmácias populares, por baixo custo.

A farmacêutica responsável pela Drogaria São Camilo, em Ouro Preto, Ana Alice Leocádio, 43 anos, informou que na drogaria os clientes hipertensos, que fazem uso contínuo de certos medicamentos gastavam cerca de R$ 58, e passaram a gastar R$ 61,40. Ela adverte: “Remédios vendidos via internet ou com desconto muito alto podem ser falsificados e não devem ser adquiridos”.

O cliente Sebastião Monteiro, 73 anos, lamenta o aumento de preços: “Infelizmente, temos que aceitar. Sei que a culpa não é das farmácias e, sim, desse governo. Aposentado nesse país não tem vida”, reclama. Adriana Niquini, 29 anos, proprietária de concessionária de veículos, também reclama do reajuste: “Como meu filho tem uma síndrome genética, precisa de certos medicamentos. Não posso simplesmente mudar a prescrição ou parar de comprar”, afirma. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dispõe de um site, o www.anvisa.gov.br, para informações sobre medicamentos.

Usuários de medicamentos reclamam do reajuste, que já está em vigor

Sine de Congonhas busca alternativas contra desemprego


Ana Paula Resende e Rosane Barbosa – Alunas do 7º Período

Com a crise, o número de desempregados aumentou, o que fez com que crescesse também a procura pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine). Além de captar vagas e tentar inserir os desempregados no mercado de trabalho, o Sine tem como objetivo capacitar pessoas, através de cursos profissionalizantes.

De acordo com o chefe do Departamento de Intermediação e Emprego do Sine de Congonhas, Marcos Donald Gonçalves Villeigas, até outubro de 2008 havia um saldo positivo de postos de trabalho e a relação entre admitidos e demitidos era de 24,02%. Mas desde novembro houve um aumento significativo de entradas no seguro desemprego: “Em novembro, a relação entre admitidos e demitidos caiu 6,25% e em dezembro, 2,96%. O seguro desemprego aumentou em média 30% a 40% por mês. Só este ano, até abril, já foram realizadas 1231 entradas no benefício, quase metade do que foi postado o ano passado inteiro”, afirma Villeigas.

Para atender a essa demanda, o Sine de Congonhas criou três cursos, bem diferentes dos habituais: Manicure e Pedicure, Jardinagem e Condutor de Turismo. Segundo Marcos, a estratégia é criar empregos alternativos: “Os cursos têm focos um pouco diferenciados na geração de emprego direta, mas são formas alternativas de trabalho e renda. Se no momento nós não temos vagas de emprego, então vamos capacitar nossa população para outras oportunidades. O turismo aqui em Congonhas é um campo enorme a ser explorado”, explica.

O Sine de Congonhas atende cidades como Jeceaba, Entre Rios de Minas e São Brás do Suaçuí. Atualmente, está envolvido no projeto Usina do Trabalho, um programa do Governo Estadual com objetivo de qualificação profissional, através da parceria entre o Estado, Sine e empresas, oferecendo cursos profissionalizantes de mecânica, elétrica e eletromecânica, realizados pelo CET. Mais informações sobre cursos e vagas oferecidas pelo Sine de Congonhas podem ser obtidas pelos telefones (31) 3731-1727 e (31) 3731-3042.

No Sine de Congonhas, cresce a procura por novas vagas no mercado de trabalho

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Tatuagem: estilo x preconceito


Marcelo Vieira – Aluno do 7º Período

Considerada adorno, arte ou forma de expressão, a tatuagem ainda é motivo de preconceito, em vários segmentos da sociedade. Nas comunidades ou no mundo dos negócios, esses desenhos e pinturas sobre a pele são interpretados, muitas vezes, de forma negativa. A tatuagem reforça o fundamento cultural do indivíduo, comportamentos, jeitos de ser de pessoas com as mesmas características sociais ou religiosas.

O tatuador Lucas Phillipe Silveira Barreto, 21 anos de idade e sete de profissão, lamenta o preconceito sofrido por parte da sociedade: “Sou católico e tenho tatuagens. Não sou bem visto na igreja e percebo o preconceito. Quem tem tatuagem é tido como doido e também é discriminado nas empresas. A tatuagem não faz da pessoa um marginal”, desabafa.

O estúdio de Lucas fica em Ouro Branco: o estúdio Lótus Tattoo faz em média 80 tatuagens por mês. Os valores variam entre R$ 50 e R$ 200, de acordo com a complexidade do desenho. Seu faturamento mensal gira em torno de R$ 2.500 a R$ 3.000. Segundo Lucas, “o maior problema que os tatuadores enfrentam é com relação à insegurança e mudança de desenho, por parte do cliente, momentos antes da execução da tatuagem. Isso ocorre principalmente entre as mulheres”, comenta.

MERCADO DE TRABALHO
De acordo com Renata Schaefer Moura, coordenadora de recursos humanos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a empresa não tem políticas de restrição para empregados tatuados: “O candidato com tatuagens à mostra não sofre preconceito por parte da CSN. Entretanto, candidatos tatuados não são indicados para empresas que trabalham com atendimento ao público, em função da aparência”, ressalta a coordenadora.


Fábio Barros Ferreira, 30 anos, gerente da Lajes e Premoldados Nunes, diz que sua empresa não tem restrições à funcionários tatuados, já que o setor exige mão-de-obra pesada e há escassez desse perfil na região. Mas, para cargos administrativos, opta-se pelo candidato sem tatuagens: “Temos um funcionário exemplar que é tatuado, mas não contrataríamos alguém tatuado para secretário ou vendedor. Há clientes com preconceito e podem não comprar por isso”, admite Fábio.

Gilson Roberto de Abreu, 38 anos, afirma que ainda há muito preconceito. Ele comenta que em sua cidade, Ouro Preto, já foi humilhado várias vezes pela polícia: “Estava andando pela rua com minhas tatuagens à vista e a polícia me abordou para me chamar de vagabundo. Perguntaram o que eu tinha na cabeça para fazer essas coisas. Tenho três filhos e sempre fui trabalhador”, alega.

A origem da tatuagem é controversa, mas documentos históricos indicam que a arte era praticada no Antigo Egito entre 4.000 e 2.000 a.C., para identificar prisioneiros no Vale do Rio Nilo. No Japão e na China, a tatuagem surgiu há cerca de sete mil anos. No Brasil, o precursor da tatuagem foi o dinamarquês Knud Harald Lucky Gegersen, conhecido como Lucky. Chegou ao país em 1959 e se estabeleceu na cidade de Santos. Lucky virou notícia em 1975, quando o jornal O Globo o considerou o único tatuador profissional da América do Sul. Ele morreu em 18 de dezembro de 1983. De lá para cá, o gosto pela tatuagem e a profissionalização do setor só cresceram.

O tatuador Lucas em seu estúdio; equipamentos são esterilizados a cada novo trabalho

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Ouro Preto Sorridente


Marcelo Nolasco – Aluno do 7º Período


O Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) está credenciado junto ao Governo Federal e recebe recursos do Ministério da Saúde, de acordo com definição da Portaria MS nº 1.571, de 29 de julho de 2004. Em Ouro Preto, são oito unidades, sendo duas na sede e seis nos distritos. Cada unidade conta com sete cirurgiões dentistas, que atendem a aproximadamente oito pacientes por dia, além dos casos de emergência.

A técnica Efigênia Cristina Estarlino destaca os serviços oferecidos: “São tratamentos em clínica geral, gengiva, canal, pequenas cirurgias e serviços de prótese, entre outros”.
O paciente Dênis Guedes Gomes elogia a infra-estrutura: “A qualidade é excelente e, por isso mesmo, a procura é grande. O tratamento torna-se, assim, um pouco demorado. Estou aguardando minhas próximas consultas”, declara.

Segundo a coordenadora da Unidade Central de Saúde, instalada na Unidade de Pronto Atendimento de Ouro Preto, Luiza Helena Gomes, a demora no atendimento se dá devido à grande demanda. Luiza destaca ainda a evolução da unidade, a partir de julho de 2004, quando o programa foi implantado: “Inicialmente, eram realizados apenas procedimentos mais simples, como extração dentária e aplicação de flúor. Agora, são diversos serviços”.


Exposição Artechão completa oito anos


Luma Barra – Aluna do 7º Período

Inaugurada em 2001, a exposição anual Artechão está completando oito anos. Nesta edição, a mostra ganha a participação especial dos Amigos do Movimento Artechão (Amarte). Os tapetes ficarão expostos das 10h às 18h, até o Domingo de Páscoa, no Salão de Confissões, ao lado da Basílica do Bom Jesus, em Congonhas. A entrada é gratuita.

Além do público que circula pelo salão da exposição, um grande número de pessoas pode ver os 24 tapetes da exposição e as passadeiras rústicas que enfeitam o trajeto, de aproximadamente 1200 metros, entre a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição e a Basílica do Bom Jesus de Matosinhos, por onde passa a procissão da Ressurreição, na manhã do Domingo de Páscoa.

Há oito anos, a exposição Artechão valoriza a cultura e as belezas de Congonhas

A prática de enfeitar as ruas em Congonhas já vem de longa data e em diferentes épocas contou com a contribuição de várias gerações de voluntários: “Em 2007 e 2008, contamos com a presença de cerca 4000 visitantes congonhenses e turistas de 49 cidades mineiras, 11 estados brasileiros e outros 8 países”, ressaltou Joaquim Cordeiro, curador da exposição.

Este ano, os artistas focalizam 12 diferentes aspectos do mesmo patrimônio: a Igreja Matriz de São José. Com base em pesquisas e na sensibilidade, os artistas chamam a atenção da comunidade e dos turistas para a importância dos patrimônios materiais e imateriais da cidade dos profetas.

Congonhas resgata culinária regional


Alexandre Costa – Aluno do 7º Período


Bolos, broas e pães, temperados por apresentações musicais, são alguns dos ingredientes da 9ª edição do Festival de Quitanda, que acontecerá na Romaria, em Congonhas, entre os dias 16 e 17 de maio. O evento contará com a participação das cidades do Circuito do Ouro, entre outras convidadas, como Entre Rios de Minas e São Brás do Suaçuí.

Nesta edição, o concurso de quitandas mantém a divisão em três categorias. São elas: “prata da casa”, “regional”, e “comércio especializado”, que reúne quitandeiras de padarias e lanchonetes de Congonhas e região. O evento cultural é patrocinado pela Emater, Café Camapuã, Itambé, Cachaça Liberdade, Cachaça Barroca e o Rocambole de Lagoa Dourada.

Alunos de Jornalismo fazem trabalho de campo


Frances Santana e Juliana Monteiro – Alunas do 7° período

Alunos do 7° período de Jornalismo, da Unipac/CL, tiveram a oportunidade de conhecer, na prática, as estratégias de marketing utilizadas no comércio de Lafaiete. A aula sobre tomada de decisão e comportamento do consumidor foi ministrada pela professora da disciplina Comunicação e Marketing, Viviam Lacerda, na quinta-feira, dia 2, em um supermercado da cidade.

Segundo a professora, os resultados fora excelentes: “Durante toda a aula de campo, os alunos mostraram-se bastante entusiasmados. Eles questionaram a aplicabilidade dos conceitos e tiraram suas dúvidas. A intenção foi estimular o senso crítico, diante das estratégias de marketing, além de abordar o discernimento na tomada de decisão no processo de compra. Assim, os alunos puderam se conhecer como consumidores e compreender os motivos que nos levam a adquirir determinados produtos ou serviços, levando em conta concorrência, qualidade, preço etc.”, enumerou.

O acadêmico Marcelo Vieira considerou positiva a experiência: “Entramos no supermercado com o objetivo de analisar criticamente as intenções de compra e os fatores que a influenciam. Com isso, pudemos perceber estratégias e táticas que o marketing usa. Observei que, muitas vezes, os consumidores saem com intenção de comprar determinado produto pela necessidade e acaba comprando uma idéia ou valor embutido. As próprias pessoas dentro do estabelecimento acabam influenciando umas às outras”, destacou.

Para Michelle Borges, foi interessante enxergar as estratégias de marketing de outra maneira: “Atividades como essa nos deixam com um olhar mais crítico, aguçam nossa percepção. Depois dessa aula, fica fácil perceber como as empresas nos incitam a comprar, principalmente o que não precisamos”, observou.

Arquitetura: Testemunha da história Lafaietense


Everaldo Gomes – Aluno do 7º Período

O estilo arquitetônico está intimamente ligado à evolução intelectual e cultural de um povo. Desde as cavernas, ocas indígenas, passando pelas casas de pau-a-pique dos quilombos, as casas em adobe, as tumbas egípcias, até os arranha-céus em aço e concreto. Arrojadas, futuristas, modernas ou conservadoras, as edificações são reflexo, expressão do estilo de vida e da forma de pensar de um povo.

Muitos dos que andam pelas ruas certamente não observam a diversidade e as riquezas arquitetônicas. Em qualquer lugar, em qualquer cidade, um olhar mais atento é capaz de descobrir verdadeiras obras de arte acima das cabeças apressadas do dia-a-dia, escondidas sob letreiros luminosos ou deformadas pelas “reformas”. A existência de uma comunidade, sua evolução ao logo do tempo e sua história podem ser contadas através da variedade de estilos das construções.

Em Lafaiete, a cadeia pública tornou-se museu; o sobrado Gabriela Mendonça é hoje a Casa de Cultura; sem falar no solar do Barão de Suassui, conhecido como Castelinho, que possui significados diferentes para gerações distintas (já abrigou até uma danceteria). Para muitos, um simples olhar para a fachada de clubes como D.Pedro II, Sider, Bando da Lua e Atlanta remete a uma viagem por tempos e bailes que não voltam mais. O célebre romance “A escrava Isaura”, de Guimarães Rosa, foi escrito em Lafaiete. Mas, certamente, não foi em um supermercado ou em um apartamento.


Em todo lugar há sempre um “guardião do tempo”, uma casa antiga ou um prédio. Por coincidência ou capricho do universo, a convivência harmônica não deixou de ser expressa. Na rua Afonso Pena, ao lado da escada do Rosário, o antigo e o moderno se contemplam. O prédio envidraçado reflete os detalhes de uma das obras mais antigas da cidade, provocando uma reflexão, no mínimo, interessante.


O prédio envidraçado reflete os detalhes de uma das obras mais antigas da cidade

No passado, era muito comum referir-se à construção de acordo com as famílias que a construíam ou a ocupavam. Hoje, já não é mais assim, a individualidade do mundo moderno criou as quitinetes e os aparts, com ampla liberdade para o isolamento. Mas, como tesouros a serem descobertos, nossa Lafaiete ainda guarda resquícios daqueles tempos. Basta que os procuremos.


A cidade ainda abriga antigos casarões, como o da rua Afonso Pena, ao lado da escada do Rosário

Blogs tomam conta da rede


Marcelo Vieira – Aluno do 7º Período


A internet está cada vez mais presente na vida das pessoas e um fenômeno que justifica tal evolução é a chamada blogosfera: o mundo dos blogs. Originalmente, o blog surgiu como componente de sites, mas evoluiu para diários on line e hoje rende até dinheiro para os mais visitados. O termo surgiu há cerca de 10 anos e sua principal atração é a facilidade de criação e edição, disponibilizadas por ferramentas próprias dos sistemas.

Os mecanismos de gerenciamento de conteúdo ou plataformas mais conhecidos são o Wordpress e o Blogger. Com poucos cliques, qualquer usuário publica conteúdo e interage com seus leitores, através de comentários – uma das características mais importantes dos blogs. Um blog típico possui texto, imagens e links. Existem ainda outras derivações do blog, como flog ou fotolog, que também é um registro publicado na web, mas com a predominância de fotos ao invés de texto.

Uma nova tendência dos blogueiros é a de tornar seu espaço virtual uma fonte de renda. Os blogs ganham dinheiro quando os visitantes clicam nos anúncios do site. Os valores variam e há também os ganhos por referências – aqueles anúncios relacionados ao conteúdo do site. A democratização da internet está relacionada com o blog e o processo de se comentar. A ferramenta de busca de blogs Technorati rastreou, recentemente, a existência de mais de 112 milhões de blogs.

Internet é a preferida entre os jovens


Ana Paula Resende e Rosane Barbosa - Alunas do 7º Período


A falta de tempo e a velocidade da informação têm feito com que um grande número de pessoas procure a internet para se informar. O que mais atrai o público é a agilidade do veículo e o poder que o usuário tem de ir direto ao assunto que lhe interessa, diminuindo assim, o tempo gasto em pesquisas.

É o caso do estudante do 8º período de Sistemas de Informação, da Unipac Lafaiete, Fernando Henrique Resende Campos: “Eu não tenho muito tempo, porque trabalho e estudo, mas preciso me manter informado. Então, aproveito as oportunidades que tenho, como o horário do almoço, para navegar na internet”, afirma. Fernando, de 22 anos, falou ainda das informações que mais procura: “Por fazer um curso voltado para a tecnologia, preciso estar sempre pesquisando sobre o assunto”, completa.

A aluna do 6º período de Engenharia de Segurança do Trabalho, Ana Flávia Santos Sousa, 21, também obtém informações na web: “Passo aproximadamente umas três horas diárias na internet, onde busco informações sobre os assuntos que mais me interessam. É muito importante ficar atualizada; entre outras coisas, isso me ajuda a fazer os trabalhos e a participar das discussões em sala de aula”, declara. Segundo Ana Flávia, a internet não é o veículo que mais se aprofunda nas informações, porém, é um veículo ágil e prático.

A vida atribulada faz com que as pessoas dediquem menos tempo à busca de informação. No entanto, elas não deixam de se informar; apenas migram-se para meios mais rápidos, como a internet. Segundo a Fuvest e o INEP/MEC, entre os formandos que fizeram o Provão, 95% acessam a internet. Apenas 5% declararam que não têm acesso a web.

ABL lança obra com novas regras ortográficas


Michelle Borges – Aluna do 7º Período


Após 18 anos da elaboração do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, a Academia Brasileira de Letras (ABL) lançou a 5° edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp). Evanildo Bechara, coordenador da Comissão de Lexicografia e Lexicologia da ABL e principal responsável pelo Volp, especificou os critérios adotados pela comissão: “Respeitamos o acordo e estabelecemos uma linha de coerência, quando surgiam princípios aparentemente contraditórios. Além disso, procuramos preservar a tradição ortográfica decorrente das reformas anteriores”, afrmou.

Segundo Bechara, “o objetivo da reforma é acabar com as diferenças entre a grafia do Brasil e a dos demais países que têm o Português como sua língua oficial e, com isso, aproximar as culturas desses países”.


O acordo ortográfico foi proposto pela Comunidade dos Povos de Língua Portuguesa (CPLP), com a intenção de uniformizar a ortografia dos oito paises que falam português; Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Atualmente, a Organização das Nações Unidas adota o inglês, o francês, o espanhol, o russo, o árabe e o chinês como idiomas de documentos e reuniões oficiais. Com a mudança na nova ortografia, é possível que a língua portuguesa possa também se tornar uma língua oficial da ONU.

No Brasil, as alterações na grafia atingem aproximadamente 0,5% das palavras. Com tiragem inicial de 40 mil exemplares, ao preço de R$ 120,00 a unidade, o Volp foi publicado de acordo com as instruções da Comissão de Lexicologia e Lexicografia da ABL, formada pelos acadêmicos Eduardo Portella, Alfredo Bosi e Evanildo Bechara. O dicionário possui 976 páginas, 340 mil verbetes, com um vocábulo ou expressão por verbete da língua portuguesa, 1.500 verbetes de palavras estrangeiras e 4.487 vocábulos para reduções, com abreviaturas, abreviações, siglas e outras formas de maior uso.

Uma edição eletrônica está disponível no site da ABL. Vale lembrar que o acordo entrou em vigor em janeiro deste ano, mas as normas ortográficas antigas podem ser usadas até dezembro de 2012, inclusive nos exames escolares, concursos públicos e vestibulares.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Água ainda é usada irracionalmente

Adriana Moreira – Aluna do 7º período

O dia mundial da água foi comemorado no dia 22 de março. Na ocasião, 22 duas mil pessoas debateram o assunto no Fórum Mundial de Água, realizado na Turquia. No evento, ficou evidente a dificuldade em tornar o recurso natural acessível a todos. Em todo o mundo, milhões de pessoas reclamam sobre a distribuição do recurso natural, mas grande parte da população ainda usa a água de maneira irracional.

Em Ouro Preto, muitos moradores reclamam da falta de abastecimento, principalmente em épocas em que a cidade recebe um número expressivo de turistas. Segundo a moradora do bairro Bauxita, Rosilene de Matos Vieira, no carnaval é o problema se agrava: “Chegamos a ficar até três dias sem abastecimento. Como o bairro recebe muita gente, a distribuição é insuficiente”, reclama.

O município possui 45 sistemas independes de captação e distribuição de água. O Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto (Semae) de Ouro Preto distribui 16 milhões de litros de água por dia dentro da cidade, o que representa 400 litros de água por pessoa/dia. Essa quantidade é o suficiente para abastecer um município com 70 mil habitantes e Ouro Preto possui 40 mil pessoas na sede. O técnico químico do Semae, Cláudio Soutto Mayor, explica que o grande problema é o uso descontrolado da água: “Nas cidades em que os moradores pagam pelo serviço, o consumo é de, no máximo, 200 litros por pessoa. Em Ouro Preto, como não precisamos pagar, grande parte da população não se preocupa com a economia”, alerta.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 22 milhões de pessoas não dispõem de água potável no Brasil, sendo obrigadas a consumir água de baixa qualidade, expondo-se ao risco de contrair doenças e ter seu desenvolvimento social e econômico prejudicado, afetando toda a sociedade, direta ou indiretamente. Para economizar água e contribuir com o meio ambiente, algumas atitudes são muito importantes, como não tomar banho demorado, escovar os dentes com as torneiras fechadas, consertar vazamentos, entre outros.

Adoção: Ato de amor que muda destinos

Ana Paula Resende e Anízia Sol – Alunas do 7º período

No Brasil, há estimativas de que aproximadamente 80 mil crianças moram em abrigos e sonham com um lar. No entanto, para se adotar uma criança, a fila é longa e a espera pode durar anos. Isso acontece por conta da burocracia e pelo perfil solicitado por adotantes, de crianças com até dois anos de idade.

O caso da professora Flávia, 47 anos, foi diferente. Em outubro de 2007, ela adotou duas crianças, de 4 e 2 anos. Flávia conta que inicialmente pensava em adotar apenas uma menina, mas, quando conheceu as duas crianças, se apaixonou: “Quando os conheci, o coração falou mais alto e decidi que queria os dois como meus filhos”.

A professora, que também tem dois filhos biológicos, explica que um dos motivos que a levou à adoção foi a inquietação de saber que existem crianças precisando de amor: “Ninguém deve ter medo; é um ato de amor. Além disso, todos os receios acabam quando você pega aquela criança no colo”, destaca.

Para entrar com um processo de adoção no Brasil, é preciso dirigir-se a uma Vara da Infância e Juventude com a carteira de identidade e um comprovante de residência. Em seguida, é agendada uma entrevista com o setor técnico, com encaminhamento do processo. Em entrevista, o interessado preenche a ficha de triagem, entrando em uma lista de espera. Com a aprovação do pedido, a pessoa está apta a adotar. Vale lembrar que, quanto menos restrições são apresentadas quanto ao perfil das crianças, menor é o tempo de espera.

Down: A luta pela inclusão

Carlos Osório – Aluno do 7º período

“Inclusão para a Autonomia” foi o tema do Dia Internacional da Síndrome de Down, que acontece em 21 de abril. Neste ano, a data, estabelecida pela Down Syndrome International, coincidiu com os 50 anos da descoberta da alteração no cromossomo 21, responsável pela deficiência.

A presidente da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (FBASD), Cláudia Grabois, reforçou a importância do trabalho para inclusão dos portadores de Down: “O tema desse ano resume todo nosso trabalho, o que esperamos e devemos oferecer aos nossos filhos e parentes com Síndrome de Down”, frisou. Em várias cidades, palestras, seminários, sessões solenes, pronunciamentos e caminhadas foram realizados, incentivando a autonomia dos portadores de Síndrome de Down.

Em Lafaiete, a sociedade “Viva Down” participou de uma missa em ação de graças, na Igreja de São João Batista, no bairro São João. O evento contou com a presença das crianças atendidas pela associação, pais, amigos e parentes.Segundo resultados do Censo 2000, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 14,5% da população brasileira (aproximadamente 24 milhões de pessoas) têm alguma deficiência física ou mental.

Características clínicas

A Síndrome de Down, uma combinação específica de características fenotípicas, inclui retardo mental e uma face típica. É causada pela existência de três cromossomos 21 (um a mais do que o normal), sendo uma das anormalidades cromossômicas mais comuns em nascidos vivos. As pessoas com Síndrome de Down costumam ter baixa estatura e desenvolvimento físico e mental mais lento. Entretanto, embora as pessoas com a síndrome tenham características físicas específicas, geralmente apresentam mais semelhanças do que diferenças com a população em geral. Podem desenvolver atividades normais, estudando, trabalhando e se relacionando com outras pessoas.

Grupo de Capoeira promove integração social


Eliane Vianna – Aluna do 7º período

“Amor pelo esporte e pela cultura afro-brasileira”. É assim que os integrantes de um grupo de capoeira, de Ouro Branco, definem seu envolvimento com essa atividade secular. Criado em 1997 pelo professor Kojak, o grupo integra a Fundação Internacional Capoeira Artes das Gerais, que reúne capoeiristas de todo o país. Atualmente, o grupo atende na cidade, gratuitamente, a cerca de 600 crianças de escolas da rede pública de ensino, além de 40 adolescentes e adultos, que se reúnem na praça Santa Cruz.

Coordenado por Wanderson Wagner de Campos, o grupo ajuda a divulgar a cultura afro-brasileira em Ouro Branco e região. Wanderson, que é mais conhecido como “professor Sapo”, pela altura de seus saltos durante o jogo de capoeira, é personal trainer, formado em Educação Física pela Faculdade Santa Rita (Fasar) e pratica capoeira desde os 15 anos.

Ele explica que a idéia de formar um grupo de capoeira surgiu em 1997, com o professor Kojak: “O professor veio para Ouro Branco e iniciou um trabalho na Academia Performance. Em 2001, ele viajou para a Europa, onde foi difundir o esporte. Assim, fiquei responsável pelo trabalho e implementei mudanças, retirando o esporte da esfera exclusiva da academia e levando-o para o espaço público”, explicou.

De acordo com o professor Sapo, o grupo desenvolve várias atividades: “Ao longo das reuniões, temos aulas teóricas sobre capoeira e cultura afro. Além disso, promovemos aulas práticas, expressão corporal e iniciação musical, com instrumentos de percussão”. O grupo não recebe nenhum tipo de apoio para se manter: “Estamos buscando parcerias através de projetos de lei de incentivo à cultura, além do apoio da iniciativa privada. Não contamos com o apoio de nenhuma empresa, o que é uma pena, já que o esporte tem sido tão benéfico para a sociedade. As principais dificuldades do grupo são a falta de uma sede e de recursos para uniformes, materiais e viagens”, afirmou.

Saiba mais

Segundo historiadores, a capoeira é uma manifestação afro-brasileira que teve início no Brasil, motivada pela ânsia de liberdade dos escravos africanos frente ao sistema escravista. A partir do século XIX, nos estados da Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco, a capoeira ganhou formas peculiares, sem perder os interesses de liberdade e cidadania. Em 1937, foi legalizada por Getúlio Vargas em uma apresentação feita por mestre Bimba, no Palácio do Catete. É nessa época, final do século XIX e meados do XX, que a capoeira começa a se organizar em forma de roda, sendo realizada em dias de festas populares e religiosas, como um jogo.

O grupo de capoeira de Ouro Branco luta para construir sua sede e reivindica apoio da iniciativa privada e reconhecimento através da Lei de Utilidade Pública. Interessados na prática de capoeira podem entrar em contato com o professor Sapo, através do telefone 8786-3996.

Alunos durante um encontro de capoeira, na praça de eventos de OB