quinta-feira, 21 de maio de 2009

Mulheres, suas conquistas e retrocessos

Diego Xavier – Aluno do 3º Período

O que diria Etta Palm, grande militante do feminismo francês, no século XVIII, se visse a Mulher Melancia dançando créu? E Robespierre, filósofo machista, se acompanhasse a proliferação das “mulheres frutas”? Perguntas difíceis, com respostas impossíveis.

A luta feminista começou na França, no século XVIII, onde algumas mulheres com espírito revolucionário deram a “cara para bater” e lutaram de peito aberto contra a opressão machista, conseguindo, assim, alguns direitos civis. Nesse processo, os méritos couberam a várias militantes, além de Etta Palm: Herbinot Mauchamps, Nutta Barlett James e Berta Lutz foram referências em seus países e no mundo, por seus atos de luta.

No Brasil, temos que reverenciar Carlota Pereira de Queiroz, primeira mulher a atuar no Legislativo, participando da Assembléia Geral Constituinte como representante de São Paulo, em 1933. Há muito tempo, as mulheres vêm conquistando seus direitos através de muitas lutas, e chegaram lá. Hoje, possuem salários equivalentes aos dos homens e os direitos são igualados (pelo menos, em tese). Mas ainda há limitações culturais. Quem nunca ouviu os jargões: “Futebol é coisa de homem”, ou “ Vocês são frágeis demais pra isso”?! Frases machistas que condizem com nossa história.

Desde 1894, quando Charles Miller trouxe o futebol para o Brasil, esse esporte se tornou prioridade masculina. Mas o cenário está mudando e, mais uma vez, as mulheres estão se superando. Podemos creditar isso a Marta, Christine, Formiga e Cia., que nos fazem esquecer as barreiras culturais e vibrar com o futebol que há muito tempo não é praticado pelos homens. O filme “Menina de Ouro”, por sua vez, faz uma crítica à idéia de fragilidade feminina. Através de muita determinação, a personagem Maggie Fitzgerald, interpretada pela atriz Hilary Ann Swank, muda essa visão e mostra que a mulher é capaz de tudo.

O movimento feminista lutou muito para que chegássemos ao século XXI em condições de igualdade total entre os sexos, mas tudo isso está ameaçado pela vulgarização, que vem na contramão dessa linha de conquistas. A mulher, que já foi objeto e se tornou ser ativo na sociedade, está voltando a ser objeto, pois a imagem feminina projetada na mídia faz com que mulheres “andem de ré”. Isso mesmo, um grande segmento de mulheres se tornou mercadoria, tendo, como “carro-chefe”, “exemplos” como a Mulher Melancia.

Em meio a essa realidade, nosso alento é acreditar que essa vertente feminina “hortifruti” é minoria em nossa sociedade. A grande maioria das mulheres ainda mantém firme o ideal feminista, lutando bravamente, no dia-a-dia, pela sobrevivência e a igualdade de direitos. Essas sim, são as verdadeiras herdeiras de Etta Palm, Anita Garimbald, Carlota Queiroz e tantas outras heroínas...

Aluno de Jornalismo visita Rádio Globo no RJ

Juliana Monteiro – Aluna do 7º Período

O aluno Darcy José Emídio, do 8º período de Jornalismo da Unipac/Lafaiete, esteve no Rio de Janeiro, onde visitou os estúdios da Rádio Globo. Na oportunidade, o acadêmico conferiu de perto a produção do programa “Show do Antônio Carlos”, apresentado em rede nacional, de 6h as 9h, na freqüência 1220. Darcy conheceu o apresentador, seus produtores e os jornalistas Gelson Cunha, Ricardo Campelo, Carla de Lucas, Pudica e Luiz Nascimento, apresentador do “Globo no Ar”. O aluno, que reside em Barbacena, já trabalha como repórter, na Rádio Globo de Barbacena, afiliada do Sistema Globo de Rádio. Atualmente, escreve matérias para o jornal Diário Regional, de Juiz de Fora.

O jornalista Gelson Cunha recebeu Darcy nos estúdios da Globo, no Rio de Janeiro

Futuros fotojornalistas “treinam o olhar”

Juliana Monteiro e Frances Santana – Alunas do 7º Período

Mais um trabalho de campo aproximou os estudantes de Jornalismo da rotina de trabalho. Munidos de câmeras e orientados pelo professor de fotojornalismo Ed Felix, acadêmicos do 5° período da Unipac/CL saíram pelas ruas da cidade, em uma atividade que teve como objetivo treinar o olhar dos novos profissionais. Os resultados, segundo o fotojornalista, foram excelentes: “A atividade teve início bem antes, quando eles foram convidados a descobrir o pequeno universo dentro do quarto, da casa, da rua. Daí surgiu a idéia de registrar cenas urbanas, mas não como fotógrafos e, sim, como fotojornalistas. O resultado foi muito interessante”, relatou Ed Felix.

Outra particularidade foi a escolha de máquinas analógicas para realizar o trabalho: “Eles estão acostumados com o digital e têm uma pressa muito grande para conferir os resultados. Optei por usar máquinas de filmes, para que eles pudessem treinar a paciência, característica fundamental para qualquer fotojornalista. O resultado será visto em uma exposição, com data ainda a ser marcada. Acho que essa é mais uma forma de valorizar a qualidade do trabalho e o empenho dos alunos”, ressaltou.

Para a aluna Melise Sales da Nóbrega, a oportunidade de vivenciar um pouco da rotina de um fotojornalista foi uma forma de apurar o olhar, de aprender a ver os detalhes do cotidiano de uma forma diferente: “Procurei focar coisas que fugissem do dia-a-dia do centro da cidade, como a poda de árvores, ou valorizar aquilo que sempre está presente a nossa volta, mas com um novo olhar. Depois passamos para um novo passo, a prática da revelação em preto e branco. Para mim, tudo valeu para que eu reforçasse a minha certeza com relação a profissão que escolhi”, contou. Ariane de Freitas Ferreira destacou a importância de trabalhar a revelação de fotos: “A tecnologia digital quase aboliu o hábito de revelar as fotos e parece que as pessoas esqueceram de como isto é mágico. Fiquei surpresa com os resultados. Isto sem falar no conhecimento que adquirimos. Afinal, poucas são as faculdades que ainda oferecem aos alunos a oportunidade de vivenciar este processo”, frisou.

Para as estudantes, a manhã foi uma espécie de ‘fuga da rotina’: “Divididas em trios, tínhamos apenas uma máquina nas mãos e a liberdade de buscar o particular no mesmo espaço que vemos todos os dias. Durante duas horas, tiramos fotos das pessoas, comércio, ruas, das construções. Percebemos que, dependendo da forma como vemos, tudo pode ser matéria”, disse Josiane Miranda. Kenia da Silva viu a oportunidade como uma forma interessante de aliar a teoria à prática: “Este é o primeiro trabalho externo de fotojornalismo que fizemos e, apesar disso, conseguimos pegar as imagens de uma forma bem espontânea. Foi possível vivenciar um pouquinho do corre-corre o jornalista e observar a reação das pessoas. Acho que aulas assim enriquecem o conteúdo da disciplina e nos preparam para os desafios do mercado”, avaliou.

Estudantes aprovaram a oportunidade de aliar a teoria à prática

Abril Poético leva cultura à região

Marcelo Quintino – Aluno do 3º Período

O grupo Liga Ecológica de Santa Matilde (Lesma), de Conselheiro Lafaiete, promoveu, entre os dias 17 e 25 do último mês, mais um Abril Poético. O projeto, que teve início há 5 anos, tem como objetivo principal o incentivo à cultura.

O festival teve como atrações: palestras, teatro, recitais de poesia, leituras dinâmicas e apresentações musicais, que usaram como palcos os mais variados cenários, como bibliotecas, centros culturais, escolas, comunidades rurais, praças e até mesmo bares.

O tema abordado esse ano foi “Patrimônio”. O “Abril” percorreu 11 municípios importantes da rota da Estrada Real: Catas Altas da Noruega, Itaverava, Santana dos Montes, Cristiano Otoni, Entre Rios de Minas, Conselheiro Lafaiete, Queluzito, Piranga, Ouro Branco, Congonhas e, por fim, Ouro Preto. Entre os diversos artistas participantes, Rogério Salgado e Virgilene Araújo, organizadores do Belô Poético. Também marcaram presença, os artistas da Escola de Belas Artes da UFMG, Alisson Brito e Matheus Romualdo, que apresentaram suas esculturas em material reciclado, representando a zoologia industrial.

A realização do projeto contou com parcerias importantes, como a do Jornal Hoje em Dia e da Prefeitura Municipal de Ouro Preto, além do apoio do site “Recanto das Letras”, organizado pela escritora Ana da Cruz, que é também coordenadora do Abril Poético em Belo Horizonte. Um dos coordenadores do Lesma, Osmir Camilo destacou a importância de se realizar um festival desse nível na região, fazendo apologia à cultura: “Levar o festival para essas cidades tem tudo a ver, porque elas têm um toque cultural e histórico, que enriquece o projeto”, afirmou.

Estudantes têm acesso a estágios

Adriana Moreira – Aluna do 7º Período

O setor de estágios passou por grandes transformações no final de 2008. Primeiro, com a regulamentação da nova lei que garante mais direitos aos estagiários e, em seguida, a crise financeira mundial diminui a oferta de vagas no mercado. Mas os especialistas garantem: as oportunidades estão surgindo novamente.

O primeiro trimestre do ano continua sendo o ideal para os estudantes que buscam uma vaga nas empresas da região. Segundo a coordenadora de estágios da Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipac/Lafaiete), Nívea Campos, empresas de grande porte, como a Vale e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), só abrem processo de seleção no primeiro semestre: “Todas as vagas ficam no quadro de avisos, afixado no 2º andar do prédio Gigante. Até a metade do ano, disponibilizaremos também na internet, para facilitar a vida dos alunos”, adianta.
Vale lembrar que, de acordo com a nova lei, a jornada máxima de trabalho deve ser de seis horas diárias e 30 horas semanais, para não atrapalhar os estudos. As empresas são obrigadas a pagar auxílio transporte e uma bolsa para quem faz estágio não-obrigatório.

A estudante do 6º período de Administração de Empresas, Geisa de Sávio, confirma a importância do estágio para a formação acadêmica: “A prática vivenciada no estágio garante um aprendizado que pode ser porta de entrada para um emprego”, avalia a estudante. No curso de Jornalismo da Unipac/CL, vários alunos também participam de estágios, em órgãos de comunicação e assessorias, em Lafaiete e cidade da região.

A contratação de estagiários prevê incentivos fiscais. As empresas ficam livres do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e do 13º Salário. A procura pelas oportunidades, de acordo com o superintendente do Centro Integração Empresa Escola (CIEE), Eduardo Oliveira, é maior entre os estudantes das áreas de Administração, Comunicação, Informática e Engenharias. Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Estágios, em 2009, o setor de já movimentou 150 mil oportunidades no país.

Portadores de necessidades especiais sofrem com a falta de acesso 

Márcia Bergo – 7º Período

Com o crescimento das cidades, aumentam também os problemas de locomoção, para portadores de necessidades especiais. Tudo por conta da falta de planejamento de vários municípios. Em Lafaiete, já se pode sentir os reflexos do problema. Calçadas esburacadas e cheias de entulhos, além da falta de rampas, dificultam a passagem de muita gente.

Entretanto, algumas iniciativas merecem destaque. A Câmara Municipal de Lafaiete está se adaptando às necessidades dos portadores de deficiências. De acordo com o diretor-geral, Anderson Leonardo Tavares, o elevador está em fase de finalização e deve começar a funcionar nos próximos dias: “O elevador dará acesso a todos os andares do prédio, inclusive ao Teatro Municipal. Além disso, estamos eliminando alguns desníveis do caminho e alargando portas. Com a reforma, serão criados banheiros específicos para cadeirantes e vagas próprias no estacionamento. Tudo para garantir que todos possam ter total acesso à Câmara, sem nenhuma dificuladade”, afirmou. A Câmara Municipal é o único órgão da cidade que está em reforma para se adequar à NR 9050, que é a Norma Regulamentadora, publicada em 2004, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), prevendo a acessibilidade de portadores de deficiências em órgãos públicos.

A empresa de transporte coletivo da cidade já dispõe de veículos com elevadores. Mas, de acordo com a estudante de Terapia Ocupacional Renata Dias Costa, 21 anos, que é cadeirante, a maior dificuldade ainda se refere ao transporte: “Nem todos os ônibus são adaptados à cadeira de rodas; por isso, quando preciso usar o transporte coletivo, tenho de telefonar para a empresa, para que eles providenciem o ônibus adaptado. As ruas e passeios esburacados e sem rampas também dificultam o acesso”, completou Renata, que é funcionária da Unipac/CL e atleta para-olímpica, ganhadora de várias medalhas.

Jornalismo da Unipac/CL no Programa do Jô

Kamirra Recla e Marcelo Quintino – Alunos do 3º Período

Estudantes de Jornalismo da Unipac Lafaiete, juntamente com recém formados do curso, participaram, no dia 20 de abril, das gravações do Programa do Jô, nos estúdios da Rede Globo, em São Paulo.
A viagem contou com a participação de 27 alunos e egressos, que aproveitaram para conhecer o processo de produção de um programa televisivo, além, é claro, da animada participação na platéia de Jô Soares. A gravação ocorreu no período da tarde, entre as 14 e 19 horas, e os programas foram ao ar nas madrugadas de terça-feira, 21, e sábado, 25.
Entre as atrações, figuras ilustres como o grande tenor Andrea Bocelli, Daniel Filho (diretor do filme “Se eu fosse você 2”), e o escritor Ferreira Gullar. Para os estudantes, a experiência foi enriquecedora: “Jô é um apresentador brilhante e a todo instante interage com a platéia. Observamos ainda que a produção do programa envolve uma grande equipe, que trabalha intensamente”, contou Kamirra. Jô, por sua vez, parece ter aprovado a participação dos alunos da Unipac: "Esta platéia está excelente! Quanta animação. Uhu", brincou o apresentador.


Um grupo de alunos e ex-alunos do curso de Jornalismo, da Unipac/CL, foi ao Programa do Jô

Os estudantes puderam conferir de perto toda a produção de um programa de TV