quarta-feira, 8 de julho de 2009

Festival de Inverno homenageia o Clube da Esquina

Marcelo Vieira – Aluno do 7º Período

O tema da edição 2009 do Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana é "O Clube da Esquina - E o chão da nossa terra". O evento está programado para o período de 8 a 26 de julho. O título é uma homenagem ao movimento musical surgido na década de 60, em Minas Gerais, a partir da amizade de Milton Nascimento e os irmãos Márcio, Marilton e Lô Borges. Esse movimento é uma das maiores influências da música popular brasileira.

O festival conta com oficinas de produção, filmes, peças teatrais e shows, tudo enquadrado no tema escolhido para esse ano. A lista de oficinas e palestras inclui: artes cênicas, literatura, artes visuais, música, patrimônio cultural, infanto-juvenil, patrimônio natural e artes plásticas.

Para a estudante e moradora de Ouro Preto, Michelle Borges, 24, o “Festival de Inverno se tornou uma grande tradição da cidade, que movimenta a economia local. É uma oportunidade da população ter acesso a atividades culturais de qualidade”, comenta.

O Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana é organizado pela Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal de Ouro Preto, em parceria com a Fundação Educativa de Rádio e Televisão Ouro Preto. O evento é aberto ao público e o propósito é envolver as comunidades e visitantes com assuntos relacionados ao patrimônio cultural, histórico e ambiental de Ouro Preto e Mariana.

A programação completa assim como todos detalhes do festival podem ser acessados pelo site www.festivaldeinverno.ufop.br.

A formação do Jornalista

Darlan Santos

A polêmica em torno do diploma de Jornalismo (que culminou na não obrigatoriedade) é antiga e ganhou força a partir de 2002, quando a 16ª Vara Cível da Justiça Federal suspendeu, pela primeira vez, a exigência de formação acadêmica para a obtenção do registro profissional no Ministério do Trabalho. De lá para cá, acirrou-se a queda de braço entre os defensores do diploma e aqueles que o consideram dispensável.

A questão é controversa e pode ser analisada sob pontos de vista diversos. Obviamente, o "saber redigir", o "faro pela notícia" e a capacidade de conduzir uma entrevista não são aptidões natas, mas nem por isso se encontram enclausuradas por detrás dos portões de uma universidade. Podem, certamente, ser desenvolvidas por meio da prática. Mas ser jornalista não se resume a isso. A importância da aprendizagem, adquirida durante quatro anos de faculdade, é algo inegável e essencial para quem atua no setor.

Ignorar essa realidade seria jogar por terra o ensino da Comunicação Social, iniciado no Brasil há mais de 50 anos. Foi por intermédio das faculdades de Jornalismo que se consolidou o fazer jornalístico no país, tal como se realiza atualmente. Desprezar a necessidade de uma graduação é retroceder no tempo, voltar à primeira metade do século XX, em que literatos e profissionais de variadas áreas, como advogados e médicos, responsabilizavam-se pela confecção das notícias. Nessa época, o Jornalismo não possuía uma identidade própria, confundindo-se facilmente com a literatura, sem ao menos se prender a um estilo específico.

O desenvolvimento do curso de Jornalismo deu aos seus profissionais um perfil definido, contribuindo para que a mídia ocupasse lugar de destaque na sociedade, alcançando o status de instituição confiável e prestadora de serviços. Não se trata de uma mera defesa do diploma – aquele papel que muita gente prefere enquadrar e pendurar na parede da sala.

O que ressaltamos é a necessidade de uma formação embasada, através de instituições que possam oferecer aos alunos professores qualificados, laboratórios variados, bibliografia específica e uma gama de ensinamentos, que, nos dias de hoje, vão muito além do “escrever corretamente”.

Para atuar em grandes empresas de comunicação, rádios, televisões, sites, assessorias de imprensa e tantos outros setores, o jornalista precisa saber muito mais; deve dominar variadas técnicas e demonstrar habilidades. Exigências que, há algumas décadas, sequer eram cogitadas.

“Naquele tempo”, talvez fosse realmente possível aprender jornalismo na prática. Mas na era das novas mídias e da especialização, que se estende a todas as carreiras, essa missão é quase impossível. E o tempo mostrará isso. Ainda que o diploma de Jornalista continue sendo opcional, a formação nunca perderá sua importância.

Idosos ainda são vitimas de violência no Brasil

Adriana Moreira – Aluna do 7º Período

O dia mundial de combate à violência contra a terceira idade foi comemorado em 15 de junho. Segundo um levantamento elaborado pelo Caderno de Violência Contra a Pessoa Idosa (CODEPPS), só no Brasil, dois milhões de idosos são vítimas de agressão, todos os anos. Na maioria dos casos, a violência vem de quem deveria cuidar deles. Os tipos de agressão mais comuns são o abandono, a violência física e a privação financeira – esta última, com incidência inclusive na classe média.

Para a psicóloga do Centro de Referência Social de Ouro Preto (Creas), Adriana Alves Araújo, a violência contra o idoso é um fato universal, e as agressões verificadas no município incluem: maus tratos, negligência e abandono. Ela ressalta que a denúncia é muito importante para que os possíveis casos sejam analisados de perto: “A denúncia é muito importante para que a equipe do Creas possa averiguar se o idoso está realmente sendo violentado. Sem a denúncia, nem sempre os casos chegam ao nosso conhecimento”, explica a Psicóloga.

A aposentada Ilda Pereira, 70 anos, destaca que a sociedade ainda trata o idoso com um pouco de preconceito: “Alguns nos tratam com respeito; mas, infelizmente, existem outros que são impacientes e mal educados. Idoso não é velho, mas sim uma pessoa mais vivida. Apesar de ser aposentada, trabalho até hoje como costureira e sou reconhecida pelo meu trabalho”, diz a aposentada.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Censo 2000, há 14,5 milhões de idosos no país - 8,6% da população total. O instituto considera idosas as pessoas com 60 anos ou mais, mesmo limite de idade considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para os países em desenvolvimento. Em uma década, o número de idosos no Brasil cresceu 17%; em 1991, correspondia a 7,3% da população.

A violência contra a pessoa idosa é real na sociedade e os números não refletem a realidade dos fatos, uma vez que a maioria das agressões, de todos os tipos, ocorre entre familiares e permanece em segredo. Se você sabe de algum caso de agressão contra um idoso, denuncie. Fale na central de Diretos Humanos, através do telefone 0800-311119. A ligação é gratuita e anônima.

Engenharia de Minas recebe doação de minério

Eliane Vianna e Frances Santana - Alunas do 7° Período

O curso de Engenharia de Minas da Unipac Lafaiete recebeu uma doação de 300 kg de minério de ferro, repassados pela Namisa S.A., empresa subsidiária da CSN, com sede no Pires, próximo a Congonhas. Todo o processo de negociação foi facilitado pelo aluno do 5º período, Euler Tomaino Teixeira, que trabalha na Namisa e atua na área de programação e controle de qualidade. Para Euler, a doação foi muito importante: “São produtos da Namisa que serão utilizados em várias atividades, como testes de moagem e granulométricos. Um dia após a solicitação, a empresa mandou entregar na Unipac não os 50 kg solicitados, mas 300 kg de sínter, pelota, hematitinha e granulado”, contou.

O coordenador do curso de Engenharia de Minas, André Carlos Souza, exaltou a atitude da Namisa: “Esta doação foi muito bem-vinda. Precisamos desse material para trabalhar nas aulas práticas. É interessante para nós, que estamos no quadrilátero ferrífero, trabalhar com minério de ferro. Agora temos material para trabalhar por três anos”, explicou.

Segundo o coordenador, a universidade vem trabalhando para garantir um dos melhores cursos na área da Engenharia de Minas de todo o país: “Durante cerca de 150 anos, a Engenharia de Minas esteve em poucas faculdades. A Unipac é a primeira universidade particular a oferecer o curso. As federais têm os cursos estruturados há muito tempo; muitas com aparelhagem antiga, e não há horários flexíveis. Uma das vantagens de se estudar na Unipac é que estamos comprando tudo novo. Tudo automatizado e ‘top de linha’. Os horários são flexíveis e, com o curso disponível em dois turnos, fica mais fácil conciliar trabalho e estudo”, declarou.

O coordenador do curso de Engenharia de Minas da Unipac/CL, André Carlos Souza

Lafaietense desbanca favoritos na Corrida de São Pedro

José Carlos – Aluno do 7º Período

O atleta lafaietense Ernani de Souza provou, na Corrida de São Pedro, que favoritismo nem sempre garante uma vitória. A prova de atletismo, realizada em 21 de junho, em Lafaiete, teve percurso de 10 km e contou com a participação de 231 atletas de várias cidades de Minas Gerais.

O atleta, praticante do Mountain Bike, desta vez encarou um novo desafio, que contou com a participação do campeão da São Sivestre de 2006, Franck Caldeira.
Franck é atleta do Cruzeiro e veio a Lafaiete com outros dois corredores do clube, além do diretor de atletismo, Alexandre Minardi.

Na camiseta de Franck, o número 1 estampado, já indicando seu favoritismo. Entretanto, logo após a largada, o lafaietense deixou os concorrentes para trás. Ernani impôs um ritmo forte nos primeiros momentos da corrida, que saiu do Clube Recreativo Dom Pedro II. Na rua Marechal Floriano, Ernani diminuiu o ritmo e o cruzeirense Valério Fabiano iniciou uma aproximação.


Próximo ao 31º Batalhão de Polícia Militar, na avenida Monsenhor Moreira, Valério alcançou Ernani e os dois atletas ficaram lado a lado por pelo menos cinco minutos de prova. A disputa foi boa e, enquanto isso, Franck Caldeira vinha em quarto, bem distante de Ernani e Valério. Ernani tomou novamente a ponta e finalizou a prova com 27 minutos. Em segundo, veio o atleta Valério, seguido por Luciano Chaves e Franck Caldeira. A 3ª Corrida Rústica de São Pedro foi organizada pelo Clube Recreativo Dom Pedro II, com apoio de vários parceiros e coordenação do atleta lafaietense Felipe Avelar.

Em disputa que contava com campeão da São Silvestre, Ernani levou a melhor

terça-feira, 7 de julho de 2009

Adoção de cães pode diminuir população de rua

Anízia Sol - 7º Período

Hoje, nas cidades, vemos cada vez mais animais abandonados nas ruas. Nas calçadas, é possível perceber que o espaço destinado aos pedestres é também utilizado, na maioria das vezes, por cães abandonados. Este é um problema que sempre causa discussões, que envolvem críticas ao extermínio dos animais e o posicionamento de ONGs e entidades protetoras.

De acordo com Tânia Falcão, presidente de honra da Sociedade Protetora dos Animais de Barbacena, somente no abrigo da cidade existem cerca de 600 cães, o que já configura super lotação: “Nós recebemos ajuda da Prefeitura e também doações; mesmo assim, é difícil manter todos os animais”, admite.

Uma forma de amenizar o problema é a adoção desses animais: “Fazemos grandes campanhas para a adoção de cachorros abandonados. Antes de serem entregues para as famílias, eles são tratados e esterilizados. Quando recebem um novo lar, nós fazemos um acompanhamento, para saber se estão sendo bem tratados”, explica. O abrigo também conta com parcerias de clínicas veterinárias. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: 32- 3332-8642.

Assim com Lafaiete, Barbacena enfrenta o desafio de cuidar dos cães de rua

Portal do Sine: Mais chances de emprego

Rosane Barbosa - 7º Período

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) inaugurou recentemente o Portal do Sine. Através do site, é possível consultar vagas de emprego em todo o estado. Além disso, o candidato pode montar seu próprio currículo e informar-se sobre seguro-desemprego, entre outros serviços. As vagas são atualizadas diariamente, e o trabalhador pode buscá-las por cidade, escolaridade, ocupação ou nível de experiência.

Até o momento, cinco cidades mineiras se habilitaram para fazer captação de vagas pelo site: Congonhas, Juiz de Fora, Contagem, Belo Horizonte e Uberaba. Para mais informações, acesse www.sine.mg.gov.br.

Outra medida que aumenta as chances de inserção no mercado é a regionalização do Sine. Desde o dia 26 de maio, os postos das cidades de Congonhas, Barroso, Itabirito, Mariana, Ouro Preto, Ouro Branco, Conselheiro Lafaiete, São João Del Rei, Barbacena e Lavras contam com um banco de dados em comum. De acordo com o diretor da unidade de Congonhas, Donald Gonçalves, essa medida facilita o processo: “O trabalhador não precisa mais se deslocar da cidade, para se candidatar em outro município”, explica.

Seminário gera polêmica

Giovanni Pablo - 7° Período

O Seminário de Habitação, realizado em Lafaiete, dia 06 de junho, já produz efeitos positivos e também dúvidas e desconfiança. É o que afirma o presidente da Associação dos Sem Teto de Conselheiro Lafaiete (Astcol), Francisco Paulo da Silva. Segundo ele, o evento foi um importante passo para a implantação do projeto “Minha Casa, Minha Vida”. Em Lafaiete, a lei 11.888, que visa assegurar assistência técnica gratuita para o projeto de construção, reforma e regularização fundiária de interesse social, deverá beneficiar cerca de mil famílias, com remuneração de até três salários mínimos mensais.

De acordo com Chico Paulo, “existe a necessidade real da implantação do mutirão de auto-gestão, visto que as casas a serem construídas medem aproximadamente 35m2, com valor aproximado de R$ 40 Mil, enquanto o projeto da Astcol, que inclui a auto-gestão e mutirão para construção, pretende construir 70 casas de 68 m2, a um custo de R$ 19 mil; ou seja, o dobro do tamanho pela metade do preço”.

Para o presidente da Astcol, “é necessário muito entendimento e negociação, pois o que está encarecendo a construção é exatamente a contratação de uma construtora para o serviço, que poderia ser executado por meio de mutirão”.

Segundo levantamento realizado pela Associação dos Sem Teto, o custo das casas oferecidas pelo programa “Minha Casa, Minha Vida” está em torno de R$ 1mil o metro quadrado construído, e pode ser reduzido a R$ 600, se houver participação popular.

Empresa destaca qualidade de trabalho acadêmico

Juliana Monteiro e Frances Santana - 7º período

Um trabalho acadêmico aproximou os alunos do curso de Jornalismo da realidade vivenciada no mercado de trabalho. Orientados pela professora de Comunicação e Marketing, a publicitária Vívian Lacerda, os acadêmicos do 7° período desenvolveram planos de mídia para a empresa ourobranquense Aplyck Comunicação Visual. O resultado foi avaliado pelos donos da empresa, Gilberto Vieira e Sônia. Ao final do processo, a proposta apresentada por Marcelo Vieira, Carlos Henrique Sena, Rosane Barbosa, Ana Paula Resende e Anízia Sol Vidal foi escolhida e premiada com banners produzidos pela empresa.

Segundo a professora Vívian Lacerda, o trabalho foi fundamental para que os estudantes fixassem todo o processo de elaboração de um plano de mídia: “Nosso objetivo foi possibilitar a experiência de aplicar a teoria do Marketing em um case real, a partir da parceria com a empresa de comunicação visual Aplyck. Nesse sentido, o intuito era de estimular o espírito de competição entre os grupos estrategistas e obter avaliações a respeito dos trabalhos realizados, não só por parte do docente, mas, também, pelos clientes, os proprietários da Aplyck. Com certeza, esse objetivo foi alcançado”, destacou.

Em nome sua empresa, o sócio-proprietário, Gilberto Vieira, destacou a qualidade dos trabalhos apresentados: “Eu avalio a apresentação em 100%. Todo mundo trabalhou com muita vontade e isso vai ajudar muito minha empresa. As estratégias montadas serão utilizadas no dia-a-dia da Aplyck”, frisou.

Basílica de Lafaiete: Segunda do mundo dedicada ao Sagrado Coração de Jesus

José Carlos Vieira – 7° Período

Inaugurado em 1975, o Santuário Arquidiocesano do Sagrado Coração de Jesus foi construído em Conselheiro Lafaiete, em estilo moderno e com capacidade para abrigar 5 mil fiéis. O local foi projetado para ser o centro de oração e devoção ao Sagrado Coração de Jesus, na Arquidiocese de Mariana.

No altar encontra-se uma imagem do Sagrado Coração de Jesus de quase 2m de altura, vinda da Europa. No alto da torre, foi colocada outra imagem, com aproximadamente 6m de altura, feita de alumínio. O vitral, em forma de coroa de espinhos, é outra atração, juntamente com os vitrais que apresentam passagens bíblicas.

O primeiro pároco foi o monsenhor Hermegildo Adami de Carvalho, que durante 25 anos dedicou sua vida ao Santuário Arquidiocesano. O padre foi idealizador da tradicional “Entronização”, que acontece sempre no dia do Sagrado Coração de Jesus, sendo acompanhada por milhares de famílias, em toda a cidade e região. Este ano, o evento aconteceu na sexta-feira, 19 de junho.

Em 2003, o Vaticano se pronunciou, concedendo ao Santuário o título de Basílica Menor do Sagrado Coração de Jesus. Basílica, que significa “Casa do Rei” é considerada a igreja mais importante de uma Diocese. Entre as igrejas, algumas possuem particular importância quanto à vida litúrgica e pastoral, podendo ser condecoradas pelo Sumo Pontífice com o título de Basílica Menor, o que significa vínculo particular com a Diocese de Roma e o Papa.

A Basílica de Conselheiro Lafaiete tem relevante importância para os fieis católicos, pois ela é a segunda do mundo dedicada à devoção ao Sagrado Coração de Jesus. A outra fica em Montmartre, na cidade de Paris (França).


A basílica tem grande importância para os católicos de Lafaiete e região

População decide futuro da Serra do Ouro Branco

Eliane Vianna – Aluna do 7° período

A proteção da Serra do Ouro Branco nunca foi tão discutida. No dia 04 de junho, o auditório Fernando de Oliveira e Silva, no Centro, foi tomado por moradores, ambientalistas, políticos e empresários de toda região, que analisaram o destino do maior patrimônio natural da cidade. Em questão, o projeto apresentado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), que prevê a criação do Parque Estadual da Serra Ouro Branco e do Monumento Estadual do Itatiaia.

Seguindo a proposta de uma audiência pública, a reunião foi totalmente aberta a debates, questionamentos e manifestações. Defendendo a criação do Parque e Monumento Estadual, os técnicos do IEF apresentaram os estudos e análises feitos ao longo dos últimos anos. Para a diretora de áreas protegidas do IEF, Nádia Aparecida Araújo, a audiência serviu apenas para apresentar o projeto à população: “A decisão sobre o que será feito na Serra de Ouro Branco é de vocês. Nós apenas mostramos todos os nossos estudos e conclusões. Todas as decisões do governo serão tomadas seguindo os pedidos da população”, frisou.

Especialistas na questão ambiental analisaram a proposta e discutiram pontos de vistas divergentes aos do IEF, quanto a questões de nomenclatura e termos técnicos. Como ponto alto das discussões, as declarações de representantes da empresa Esperança S.A., que falaram sobre a criação de um condomínio residencial na serra.

O consultor da Esperança S.A., René Renault, defendeu a idéia, que gera polêmica: “O objetivo é implantar um chacreamento em uma pequena área, que já é de propriedade da nossa empresa; a Fazenda da Lavrinha. Apenas 5% do total da propriedade serão destinados ao empreendimento. Também vamos promover atividades que desenvolvam a vocação e a potencialidade turística e cultural de Ouro Branco. Nossa meta é doar ou assumir a responsabilidade, junto ao estado de Minas Gerais, de área correspondente a 2.100 hectares”, revelou.

O presidente do PMDB de Ouro Branco, Roberto Leandro Rodrigues Junior, exigiu mais firmeza do Poder Público: “Consideramos que a decisão mais acertada seria a criação do Parque na Serra e do Monumento Estadual junto às comunidades, o que atenderia às famílias e garantiria o desenvolvimento sustentável. O que questionamos é a falta de divulgação dessa audiência. Boa parte da comunidade não foi informada. Continuaremos firmes e atuantes, em defesa da criação do parque”, declarou. A população deve deixar sua opinião sobre os projetos na Serra de Ouro Branco, respondendo à consulta pública promovida pelo IEF no site http://www.ief.mg.gov.br.

Comunidade lotou o auditório Fernando de Oliveira e Silva, para discutir futuro da serra

Ensino médio pode ser alterado

Adriana Moreira - Aluna do 7º Período

Uma proposta do Ministério da Educação (MEC) pretende mudar a divisão de disciplinas no Ensino Médio. As 12 matérias atuais seriam distribuídas em quatro grandes áreas de conhecimento: línguas; matemática; exatas e biológicas; e humanas. O objetivo é atrair o interesse do estudante, além de fazê-lo perceber que o conteúdo ensinado em sala de aula tem aplicação prática. A proposta ainda depende de aprovação.

Para esclarecer as mudanças, o Conselho Nacional de Educação vai realizar audiências públicas, que servirão de palco para a discussão do novo modelo. O processo deve ser concluído até julho deste ano. Depois dessa etapa, o MEC começará as negociações com os Estados, que terão autonomia para aderir ou não ao novo modelo.

A secretária de Educação Básica, Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva, explica que, com a mudança, se um aluno pretende seguir a carreira de engenharia, poderá receber conteúdo de matemática mais aprofundado, ao contrário daquele que planeja enveredar pela área de humanas.

A proposta também vem ao encontro das alterações no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que terá uma divisão por quatro grandes áreas: “O vestibular congela a possibilidade de inovação. Com o fim das disciplinas no ensino médio e o novo Enem, pretendemos dar uma nova orientação à formação dos alunos”, ressaltou Maria do Pilar. O MEC também propõe um aumento de 25% na carga horária do Ensino Médio, que passaria de 2.400 horas para 3.000 horas.

A indústria da beleza em Lafaiete

Eliane Dorletto – 7º Período

O crescimento da indústria da beleza no país, no último ano, foi da ordem de 8,7%, de acordo com dados da Associação da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. Isso faz do Brasil o terceiro mercado mundial de produtos capilares e o décimo em cremes e loções para a pele.

Em Lafaiete, é grande o número de salões e clínicas especializadas em estética e beleza corporal, como facilmente se pode perceber ao caminhar pelas ruas do centro e dos bairros da cidade.

Segundo o Sindicomércio, órgão que representa a classe patronal da categoria, não há dados específicos sobre o número de salões existentes, já que nenhum dos salões da cidade é sindicalizado junto à entidade, conforme informação prestada pela auxiliar administrativa Rosana Costa. Ela ressalta, ainda, que o sindicato só possui dados específicos dos associados.

A situação é bem parecida junto à Câmara de Dirigentes Lojistas de Conselheiro Lafaiete. Em sua relação de associados, consta apenas um salão cadastrado, num universo de supostamente 500 estabelecimentos desta natureza. Com base em informações colhidas na entidade, somente o Salão Marlene Gonzaga, da rua Assis Andrade, 491, é filiado ao CDL.

Em entrevista à nossa reportagem, um dos proprietários do salão Marlene Gonzaga, Antônio Carlos, informou que, por motivos profissionais e éticos, optou pela associação de seu salão junto à CDL. O salão tem uma média de 15 atendimentos/dia no horário comercial, e é especializado em mega hair e química.

Questionada sobre o que é mais importante em um tratamento de beleza, a comerciária Simone A. Pereira é enfática: “O que prevalece é o resultado, independente da segurança e do preço”. Já Eva Barbosa, empreendedora do ramo, pondera: “Todos os itens são importantes, mas o resultado é o que faz a cliente voltar”, frisa.

Para o dermatologista da Fundação Ouro Branco, Faissal Mohamad Abu-Safa, o uso de produtos somente por influência de propaganda pode ser perigoso e trazer sérios problemas, inclusive alergias a determinadas substâncias. Segundo o médico, “a maioria das pessoas que reclama da falta de resultados dos produtos utilizados, não recebeu prescrição médica ou de um especialista”. Ele recomenda que, a qualquer sinal de irritabilidade, deve-se suspender imediatamente o uso.

Faissal ressalta, ainda, a necessidade de higiene e proteção, por parte dos cabeleireiros que trabalham com determinados produtos. Deve-se usar luvas e máscaras. Em salões, vários equipamentos devem ser individuais, como alicates. Tesouras e escovas devem ser constantemente limpos: “Pessoas com problemas dermatológicos devem procurar acompanhamento médico, antes de iniciar qualquer tratamento”, conclui.

O dematologista Faissal Mohamad: “Produtos inadequados podem ser prejudiciais”

A formação em Jornalismo da Unipac/CL

Giovanni Pablo – Aluno do 7º Período

A atividade jornalística em Conselheiro Lafaiete conta, desde julho de 2007, com a inclusão de profissionais devidamente qualificados. A grande responsável por esta qualificação é a Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipac/CL), que investe na formação de seus alunos do curso de Comunicação Social, que tem as habilitações de Jornalismo e Publicidade e Propaganda.

Com a primeira turma, formada em julho de 2007, o curso passou por aprimoramento, que inclui laboratórios de rádio e televisão no campus Gigante, onde acontecem as aulas e projetos experimentais. A graduação, para a grande maioria dos formandos daquela época, serviu também de impulso à carreira, já que quase toda a turma já atuava no mercado.

A obtenção do diploma, por aquela primeira turma, trouxe expectativas, numa demonstração de que a expansão do mercado no interior é uma realidade. Com isso, a exigência de bons profissionais torna-se um fato, pois o Jornalismo, mais que um instrumento de veiculação noticiosa, contribui para a construção da história e a consolidação da cidadania.

Em 2007, em entrevista para o Jornal Laboratório da Unipac/CL, o então coordenador do curso, professor Geraldo Seabra, comentava sobre o papel do jornalista no contexto atual: “Se antes a faculdade parecia proteger o aluno, agora a responsabilidade está só e unicamente nas mãos dele, que deve ter uma conduta arrojada. Como educador, acredito no potencial de cada formando; tenho certeza de que serão bons profissionais”, concluiu.

Passados dois anos, a Unipac/CL continua a formar bons profissionais. O professor e doutorando Darlan Santos, hoje coordenador do curso, já parecia antever, naquela época, o sucesso que seria alcançado pelos formados, ao declarar que “confiava que aquele era um grupo especial, por ser o primeiro de muitos que viriam e por contar com pessoas que abraçaram o Jornalismo não só como profissão, mas também como missão de vida”. Acertou em cheio.


Alunos da primeira turma de Jornalismo da Unipac/CL; amor à profissão