quarta-feira, 8 de julho de 2009

Festival de Inverno homenageia o Clube da Esquina

Marcelo Vieira – Aluno do 7º Período

O tema da edição 2009 do Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana é "O Clube da Esquina - E o chão da nossa terra". O evento está programado para o período de 8 a 26 de julho. O título é uma homenagem ao movimento musical surgido na década de 60, em Minas Gerais, a partir da amizade de Milton Nascimento e os irmãos Márcio, Marilton e Lô Borges. Esse movimento é uma das maiores influências da música popular brasileira.

O festival conta com oficinas de produção, filmes, peças teatrais e shows, tudo enquadrado no tema escolhido para esse ano. A lista de oficinas e palestras inclui: artes cênicas, literatura, artes visuais, música, patrimônio cultural, infanto-juvenil, patrimônio natural e artes plásticas.

Para a estudante e moradora de Ouro Preto, Michelle Borges, 24, o “Festival de Inverno se tornou uma grande tradição da cidade, que movimenta a economia local. É uma oportunidade da população ter acesso a atividades culturais de qualidade”, comenta.

O Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana é organizado pela Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal de Ouro Preto, em parceria com a Fundação Educativa de Rádio e Televisão Ouro Preto. O evento é aberto ao público e o propósito é envolver as comunidades e visitantes com assuntos relacionados ao patrimônio cultural, histórico e ambiental de Ouro Preto e Mariana.

A programação completa assim como todos detalhes do festival podem ser acessados pelo site www.festivaldeinverno.ufop.br.

A formação do Jornalista

Darlan Santos

A polêmica em torno do diploma de Jornalismo (que culminou na não obrigatoriedade) é antiga e ganhou força a partir de 2002, quando a 16ª Vara Cível da Justiça Federal suspendeu, pela primeira vez, a exigência de formação acadêmica para a obtenção do registro profissional no Ministério do Trabalho. De lá para cá, acirrou-se a queda de braço entre os defensores do diploma e aqueles que o consideram dispensável.

A questão é controversa e pode ser analisada sob pontos de vista diversos. Obviamente, o "saber redigir", o "faro pela notícia" e a capacidade de conduzir uma entrevista não são aptidões natas, mas nem por isso se encontram enclausuradas por detrás dos portões de uma universidade. Podem, certamente, ser desenvolvidas por meio da prática. Mas ser jornalista não se resume a isso. A importância da aprendizagem, adquirida durante quatro anos de faculdade, é algo inegável e essencial para quem atua no setor.

Ignorar essa realidade seria jogar por terra o ensino da Comunicação Social, iniciado no Brasil há mais de 50 anos. Foi por intermédio das faculdades de Jornalismo que se consolidou o fazer jornalístico no país, tal como se realiza atualmente. Desprezar a necessidade de uma graduação é retroceder no tempo, voltar à primeira metade do século XX, em que literatos e profissionais de variadas áreas, como advogados e médicos, responsabilizavam-se pela confecção das notícias. Nessa época, o Jornalismo não possuía uma identidade própria, confundindo-se facilmente com a literatura, sem ao menos se prender a um estilo específico.

O desenvolvimento do curso de Jornalismo deu aos seus profissionais um perfil definido, contribuindo para que a mídia ocupasse lugar de destaque na sociedade, alcançando o status de instituição confiável e prestadora de serviços. Não se trata de uma mera defesa do diploma – aquele papel que muita gente prefere enquadrar e pendurar na parede da sala.

O que ressaltamos é a necessidade de uma formação embasada, através de instituições que possam oferecer aos alunos professores qualificados, laboratórios variados, bibliografia específica e uma gama de ensinamentos, que, nos dias de hoje, vão muito além do “escrever corretamente”.

Para atuar em grandes empresas de comunicação, rádios, televisões, sites, assessorias de imprensa e tantos outros setores, o jornalista precisa saber muito mais; deve dominar variadas técnicas e demonstrar habilidades. Exigências que, há algumas décadas, sequer eram cogitadas.

“Naquele tempo”, talvez fosse realmente possível aprender jornalismo na prática. Mas na era das novas mídias e da especialização, que se estende a todas as carreiras, essa missão é quase impossível. E o tempo mostrará isso. Ainda que o diploma de Jornalista continue sendo opcional, a formação nunca perderá sua importância.

Idosos ainda são vitimas de violência no Brasil

Adriana Moreira – Aluna do 7º Período

O dia mundial de combate à violência contra a terceira idade foi comemorado em 15 de junho. Segundo um levantamento elaborado pelo Caderno de Violência Contra a Pessoa Idosa (CODEPPS), só no Brasil, dois milhões de idosos são vítimas de agressão, todos os anos. Na maioria dos casos, a violência vem de quem deveria cuidar deles. Os tipos de agressão mais comuns são o abandono, a violência física e a privação financeira – esta última, com incidência inclusive na classe média.

Para a psicóloga do Centro de Referência Social de Ouro Preto (Creas), Adriana Alves Araújo, a violência contra o idoso é um fato universal, e as agressões verificadas no município incluem: maus tratos, negligência e abandono. Ela ressalta que a denúncia é muito importante para que os possíveis casos sejam analisados de perto: “A denúncia é muito importante para que a equipe do Creas possa averiguar se o idoso está realmente sendo violentado. Sem a denúncia, nem sempre os casos chegam ao nosso conhecimento”, explica a Psicóloga.

A aposentada Ilda Pereira, 70 anos, destaca que a sociedade ainda trata o idoso com um pouco de preconceito: “Alguns nos tratam com respeito; mas, infelizmente, existem outros que são impacientes e mal educados. Idoso não é velho, mas sim uma pessoa mais vivida. Apesar de ser aposentada, trabalho até hoje como costureira e sou reconhecida pelo meu trabalho”, diz a aposentada.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Censo 2000, há 14,5 milhões de idosos no país - 8,6% da população total. O instituto considera idosas as pessoas com 60 anos ou mais, mesmo limite de idade considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para os países em desenvolvimento. Em uma década, o número de idosos no Brasil cresceu 17%; em 1991, correspondia a 7,3% da população.

A violência contra a pessoa idosa é real na sociedade e os números não refletem a realidade dos fatos, uma vez que a maioria das agressões, de todos os tipos, ocorre entre familiares e permanece em segredo. Se você sabe de algum caso de agressão contra um idoso, denuncie. Fale na central de Diretos Humanos, através do telefone 0800-311119. A ligação é gratuita e anônima.

Engenharia de Minas recebe doação de minério

Eliane Vianna e Frances Santana - Alunas do 7° Período

O curso de Engenharia de Minas da Unipac Lafaiete recebeu uma doação de 300 kg de minério de ferro, repassados pela Namisa S.A., empresa subsidiária da CSN, com sede no Pires, próximo a Congonhas. Todo o processo de negociação foi facilitado pelo aluno do 5º período, Euler Tomaino Teixeira, que trabalha na Namisa e atua na área de programação e controle de qualidade. Para Euler, a doação foi muito importante: “São produtos da Namisa que serão utilizados em várias atividades, como testes de moagem e granulométricos. Um dia após a solicitação, a empresa mandou entregar na Unipac não os 50 kg solicitados, mas 300 kg de sínter, pelota, hematitinha e granulado”, contou.

O coordenador do curso de Engenharia de Minas, André Carlos Souza, exaltou a atitude da Namisa: “Esta doação foi muito bem-vinda. Precisamos desse material para trabalhar nas aulas práticas. É interessante para nós, que estamos no quadrilátero ferrífero, trabalhar com minério de ferro. Agora temos material para trabalhar por três anos”, explicou.

Segundo o coordenador, a universidade vem trabalhando para garantir um dos melhores cursos na área da Engenharia de Minas de todo o país: “Durante cerca de 150 anos, a Engenharia de Minas esteve em poucas faculdades. A Unipac é a primeira universidade particular a oferecer o curso. As federais têm os cursos estruturados há muito tempo; muitas com aparelhagem antiga, e não há horários flexíveis. Uma das vantagens de se estudar na Unipac é que estamos comprando tudo novo. Tudo automatizado e ‘top de linha’. Os horários são flexíveis e, com o curso disponível em dois turnos, fica mais fácil conciliar trabalho e estudo”, declarou.

O coordenador do curso de Engenharia de Minas da Unipac/CL, André Carlos Souza

Lafaietense desbanca favoritos na Corrida de São Pedro

José Carlos – Aluno do 7º Período

O atleta lafaietense Ernani de Souza provou, na Corrida de São Pedro, que favoritismo nem sempre garante uma vitória. A prova de atletismo, realizada em 21 de junho, em Lafaiete, teve percurso de 10 km e contou com a participação de 231 atletas de várias cidades de Minas Gerais.

O atleta, praticante do Mountain Bike, desta vez encarou um novo desafio, que contou com a participação do campeão da São Sivestre de 2006, Franck Caldeira.
Franck é atleta do Cruzeiro e veio a Lafaiete com outros dois corredores do clube, além do diretor de atletismo, Alexandre Minardi.

Na camiseta de Franck, o número 1 estampado, já indicando seu favoritismo. Entretanto, logo após a largada, o lafaietense deixou os concorrentes para trás. Ernani impôs um ritmo forte nos primeiros momentos da corrida, que saiu do Clube Recreativo Dom Pedro II. Na rua Marechal Floriano, Ernani diminuiu o ritmo e o cruzeirense Valério Fabiano iniciou uma aproximação.


Próximo ao 31º Batalhão de Polícia Militar, na avenida Monsenhor Moreira, Valério alcançou Ernani e os dois atletas ficaram lado a lado por pelo menos cinco minutos de prova. A disputa foi boa e, enquanto isso, Franck Caldeira vinha em quarto, bem distante de Ernani e Valério. Ernani tomou novamente a ponta e finalizou a prova com 27 minutos. Em segundo, veio o atleta Valério, seguido por Luciano Chaves e Franck Caldeira. A 3ª Corrida Rústica de São Pedro foi organizada pelo Clube Recreativo Dom Pedro II, com apoio de vários parceiros e coordenação do atleta lafaietense Felipe Avelar.

Em disputa que contava com campeão da São Silvestre, Ernani levou a melhor

terça-feira, 7 de julho de 2009

Adoção de cães pode diminuir população de rua

Anízia Sol - 7º Período

Hoje, nas cidades, vemos cada vez mais animais abandonados nas ruas. Nas calçadas, é possível perceber que o espaço destinado aos pedestres é também utilizado, na maioria das vezes, por cães abandonados. Este é um problema que sempre causa discussões, que envolvem críticas ao extermínio dos animais e o posicionamento de ONGs e entidades protetoras.

De acordo com Tânia Falcão, presidente de honra da Sociedade Protetora dos Animais de Barbacena, somente no abrigo da cidade existem cerca de 600 cães, o que já configura super lotação: “Nós recebemos ajuda da Prefeitura e também doações; mesmo assim, é difícil manter todos os animais”, admite.

Uma forma de amenizar o problema é a adoção desses animais: “Fazemos grandes campanhas para a adoção de cachorros abandonados. Antes de serem entregues para as famílias, eles são tratados e esterilizados. Quando recebem um novo lar, nós fazemos um acompanhamento, para saber se estão sendo bem tratados”, explica. O abrigo também conta com parcerias de clínicas veterinárias. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: 32- 3332-8642.

Assim com Lafaiete, Barbacena enfrenta o desafio de cuidar dos cães de rua

Portal do Sine: Mais chances de emprego

Rosane Barbosa - 7º Período

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) inaugurou recentemente o Portal do Sine. Através do site, é possível consultar vagas de emprego em todo o estado. Além disso, o candidato pode montar seu próprio currículo e informar-se sobre seguro-desemprego, entre outros serviços. As vagas são atualizadas diariamente, e o trabalhador pode buscá-las por cidade, escolaridade, ocupação ou nível de experiência.

Até o momento, cinco cidades mineiras se habilitaram para fazer captação de vagas pelo site: Congonhas, Juiz de Fora, Contagem, Belo Horizonte e Uberaba. Para mais informações, acesse www.sine.mg.gov.br.

Outra medida que aumenta as chances de inserção no mercado é a regionalização do Sine. Desde o dia 26 de maio, os postos das cidades de Congonhas, Barroso, Itabirito, Mariana, Ouro Preto, Ouro Branco, Conselheiro Lafaiete, São João Del Rei, Barbacena e Lavras contam com um banco de dados em comum. De acordo com o diretor da unidade de Congonhas, Donald Gonçalves, essa medida facilita o processo: “O trabalhador não precisa mais se deslocar da cidade, para se candidatar em outro município”, explica.

Seminário gera polêmica

Giovanni Pablo - 7° Período

O Seminário de Habitação, realizado em Lafaiete, dia 06 de junho, já produz efeitos positivos e também dúvidas e desconfiança. É o que afirma o presidente da Associação dos Sem Teto de Conselheiro Lafaiete (Astcol), Francisco Paulo da Silva. Segundo ele, o evento foi um importante passo para a implantação do projeto “Minha Casa, Minha Vida”. Em Lafaiete, a lei 11.888, que visa assegurar assistência técnica gratuita para o projeto de construção, reforma e regularização fundiária de interesse social, deverá beneficiar cerca de mil famílias, com remuneração de até três salários mínimos mensais.

De acordo com Chico Paulo, “existe a necessidade real da implantação do mutirão de auto-gestão, visto que as casas a serem construídas medem aproximadamente 35m2, com valor aproximado de R$ 40 Mil, enquanto o projeto da Astcol, que inclui a auto-gestão e mutirão para construção, pretende construir 70 casas de 68 m2, a um custo de R$ 19 mil; ou seja, o dobro do tamanho pela metade do preço”.

Para o presidente da Astcol, “é necessário muito entendimento e negociação, pois o que está encarecendo a construção é exatamente a contratação de uma construtora para o serviço, que poderia ser executado por meio de mutirão”.

Segundo levantamento realizado pela Associação dos Sem Teto, o custo das casas oferecidas pelo programa “Minha Casa, Minha Vida” está em torno de R$ 1mil o metro quadrado construído, e pode ser reduzido a R$ 600, se houver participação popular.

Empresa destaca qualidade de trabalho acadêmico

Juliana Monteiro e Frances Santana - 7º período

Um trabalho acadêmico aproximou os alunos do curso de Jornalismo da realidade vivenciada no mercado de trabalho. Orientados pela professora de Comunicação e Marketing, a publicitária Vívian Lacerda, os acadêmicos do 7° período desenvolveram planos de mídia para a empresa ourobranquense Aplyck Comunicação Visual. O resultado foi avaliado pelos donos da empresa, Gilberto Vieira e Sônia. Ao final do processo, a proposta apresentada por Marcelo Vieira, Carlos Henrique Sena, Rosane Barbosa, Ana Paula Resende e Anízia Sol Vidal foi escolhida e premiada com banners produzidos pela empresa.

Segundo a professora Vívian Lacerda, o trabalho foi fundamental para que os estudantes fixassem todo o processo de elaboração de um plano de mídia: “Nosso objetivo foi possibilitar a experiência de aplicar a teoria do Marketing em um case real, a partir da parceria com a empresa de comunicação visual Aplyck. Nesse sentido, o intuito era de estimular o espírito de competição entre os grupos estrategistas e obter avaliações a respeito dos trabalhos realizados, não só por parte do docente, mas, também, pelos clientes, os proprietários da Aplyck. Com certeza, esse objetivo foi alcançado”, destacou.

Em nome sua empresa, o sócio-proprietário, Gilberto Vieira, destacou a qualidade dos trabalhos apresentados: “Eu avalio a apresentação em 100%. Todo mundo trabalhou com muita vontade e isso vai ajudar muito minha empresa. As estratégias montadas serão utilizadas no dia-a-dia da Aplyck”, frisou.

Basílica de Lafaiete: Segunda do mundo dedicada ao Sagrado Coração de Jesus

José Carlos Vieira – 7° Período

Inaugurado em 1975, o Santuário Arquidiocesano do Sagrado Coração de Jesus foi construído em Conselheiro Lafaiete, em estilo moderno e com capacidade para abrigar 5 mil fiéis. O local foi projetado para ser o centro de oração e devoção ao Sagrado Coração de Jesus, na Arquidiocese de Mariana.

No altar encontra-se uma imagem do Sagrado Coração de Jesus de quase 2m de altura, vinda da Europa. No alto da torre, foi colocada outra imagem, com aproximadamente 6m de altura, feita de alumínio. O vitral, em forma de coroa de espinhos, é outra atração, juntamente com os vitrais que apresentam passagens bíblicas.

O primeiro pároco foi o monsenhor Hermegildo Adami de Carvalho, que durante 25 anos dedicou sua vida ao Santuário Arquidiocesano. O padre foi idealizador da tradicional “Entronização”, que acontece sempre no dia do Sagrado Coração de Jesus, sendo acompanhada por milhares de famílias, em toda a cidade e região. Este ano, o evento aconteceu na sexta-feira, 19 de junho.

Em 2003, o Vaticano se pronunciou, concedendo ao Santuário o título de Basílica Menor do Sagrado Coração de Jesus. Basílica, que significa “Casa do Rei” é considerada a igreja mais importante de uma Diocese. Entre as igrejas, algumas possuem particular importância quanto à vida litúrgica e pastoral, podendo ser condecoradas pelo Sumo Pontífice com o título de Basílica Menor, o que significa vínculo particular com a Diocese de Roma e o Papa.

A Basílica de Conselheiro Lafaiete tem relevante importância para os fieis católicos, pois ela é a segunda do mundo dedicada à devoção ao Sagrado Coração de Jesus. A outra fica em Montmartre, na cidade de Paris (França).


A basílica tem grande importância para os católicos de Lafaiete e região

População decide futuro da Serra do Ouro Branco

Eliane Vianna – Aluna do 7° período

A proteção da Serra do Ouro Branco nunca foi tão discutida. No dia 04 de junho, o auditório Fernando de Oliveira e Silva, no Centro, foi tomado por moradores, ambientalistas, políticos e empresários de toda região, que analisaram o destino do maior patrimônio natural da cidade. Em questão, o projeto apresentado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), que prevê a criação do Parque Estadual da Serra Ouro Branco e do Monumento Estadual do Itatiaia.

Seguindo a proposta de uma audiência pública, a reunião foi totalmente aberta a debates, questionamentos e manifestações. Defendendo a criação do Parque e Monumento Estadual, os técnicos do IEF apresentaram os estudos e análises feitos ao longo dos últimos anos. Para a diretora de áreas protegidas do IEF, Nádia Aparecida Araújo, a audiência serviu apenas para apresentar o projeto à população: “A decisão sobre o que será feito na Serra de Ouro Branco é de vocês. Nós apenas mostramos todos os nossos estudos e conclusões. Todas as decisões do governo serão tomadas seguindo os pedidos da população”, frisou.

Especialistas na questão ambiental analisaram a proposta e discutiram pontos de vistas divergentes aos do IEF, quanto a questões de nomenclatura e termos técnicos. Como ponto alto das discussões, as declarações de representantes da empresa Esperança S.A., que falaram sobre a criação de um condomínio residencial na serra.

O consultor da Esperança S.A., René Renault, defendeu a idéia, que gera polêmica: “O objetivo é implantar um chacreamento em uma pequena área, que já é de propriedade da nossa empresa; a Fazenda da Lavrinha. Apenas 5% do total da propriedade serão destinados ao empreendimento. Também vamos promover atividades que desenvolvam a vocação e a potencialidade turística e cultural de Ouro Branco. Nossa meta é doar ou assumir a responsabilidade, junto ao estado de Minas Gerais, de área correspondente a 2.100 hectares”, revelou.

O presidente do PMDB de Ouro Branco, Roberto Leandro Rodrigues Junior, exigiu mais firmeza do Poder Público: “Consideramos que a decisão mais acertada seria a criação do Parque na Serra e do Monumento Estadual junto às comunidades, o que atenderia às famílias e garantiria o desenvolvimento sustentável. O que questionamos é a falta de divulgação dessa audiência. Boa parte da comunidade não foi informada. Continuaremos firmes e atuantes, em defesa da criação do parque”, declarou. A população deve deixar sua opinião sobre os projetos na Serra de Ouro Branco, respondendo à consulta pública promovida pelo IEF no site http://www.ief.mg.gov.br.

Comunidade lotou o auditório Fernando de Oliveira e Silva, para discutir futuro da serra

Ensino médio pode ser alterado

Adriana Moreira - Aluna do 7º Período

Uma proposta do Ministério da Educação (MEC) pretende mudar a divisão de disciplinas no Ensino Médio. As 12 matérias atuais seriam distribuídas em quatro grandes áreas de conhecimento: línguas; matemática; exatas e biológicas; e humanas. O objetivo é atrair o interesse do estudante, além de fazê-lo perceber que o conteúdo ensinado em sala de aula tem aplicação prática. A proposta ainda depende de aprovação.

Para esclarecer as mudanças, o Conselho Nacional de Educação vai realizar audiências públicas, que servirão de palco para a discussão do novo modelo. O processo deve ser concluído até julho deste ano. Depois dessa etapa, o MEC começará as negociações com os Estados, que terão autonomia para aderir ou não ao novo modelo.

A secretária de Educação Básica, Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva, explica que, com a mudança, se um aluno pretende seguir a carreira de engenharia, poderá receber conteúdo de matemática mais aprofundado, ao contrário daquele que planeja enveredar pela área de humanas.

A proposta também vem ao encontro das alterações no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que terá uma divisão por quatro grandes áreas: “O vestibular congela a possibilidade de inovação. Com o fim das disciplinas no ensino médio e o novo Enem, pretendemos dar uma nova orientação à formação dos alunos”, ressaltou Maria do Pilar. O MEC também propõe um aumento de 25% na carga horária do Ensino Médio, que passaria de 2.400 horas para 3.000 horas.

A indústria da beleza em Lafaiete

Eliane Dorletto – 7º Período

O crescimento da indústria da beleza no país, no último ano, foi da ordem de 8,7%, de acordo com dados da Associação da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. Isso faz do Brasil o terceiro mercado mundial de produtos capilares e o décimo em cremes e loções para a pele.

Em Lafaiete, é grande o número de salões e clínicas especializadas em estética e beleza corporal, como facilmente se pode perceber ao caminhar pelas ruas do centro e dos bairros da cidade.

Segundo o Sindicomércio, órgão que representa a classe patronal da categoria, não há dados específicos sobre o número de salões existentes, já que nenhum dos salões da cidade é sindicalizado junto à entidade, conforme informação prestada pela auxiliar administrativa Rosana Costa. Ela ressalta, ainda, que o sindicato só possui dados específicos dos associados.

A situação é bem parecida junto à Câmara de Dirigentes Lojistas de Conselheiro Lafaiete. Em sua relação de associados, consta apenas um salão cadastrado, num universo de supostamente 500 estabelecimentos desta natureza. Com base em informações colhidas na entidade, somente o Salão Marlene Gonzaga, da rua Assis Andrade, 491, é filiado ao CDL.

Em entrevista à nossa reportagem, um dos proprietários do salão Marlene Gonzaga, Antônio Carlos, informou que, por motivos profissionais e éticos, optou pela associação de seu salão junto à CDL. O salão tem uma média de 15 atendimentos/dia no horário comercial, e é especializado em mega hair e química.

Questionada sobre o que é mais importante em um tratamento de beleza, a comerciária Simone A. Pereira é enfática: “O que prevalece é o resultado, independente da segurança e do preço”. Já Eva Barbosa, empreendedora do ramo, pondera: “Todos os itens são importantes, mas o resultado é o que faz a cliente voltar”, frisa.

Para o dermatologista da Fundação Ouro Branco, Faissal Mohamad Abu-Safa, o uso de produtos somente por influência de propaganda pode ser perigoso e trazer sérios problemas, inclusive alergias a determinadas substâncias. Segundo o médico, “a maioria das pessoas que reclama da falta de resultados dos produtos utilizados, não recebeu prescrição médica ou de um especialista”. Ele recomenda que, a qualquer sinal de irritabilidade, deve-se suspender imediatamente o uso.

Faissal ressalta, ainda, a necessidade de higiene e proteção, por parte dos cabeleireiros que trabalham com determinados produtos. Deve-se usar luvas e máscaras. Em salões, vários equipamentos devem ser individuais, como alicates. Tesouras e escovas devem ser constantemente limpos: “Pessoas com problemas dermatológicos devem procurar acompanhamento médico, antes de iniciar qualquer tratamento”, conclui.

O dematologista Faissal Mohamad: “Produtos inadequados podem ser prejudiciais”

A formação em Jornalismo da Unipac/CL

Giovanni Pablo – Aluno do 7º Período

A atividade jornalística em Conselheiro Lafaiete conta, desde julho de 2007, com a inclusão de profissionais devidamente qualificados. A grande responsável por esta qualificação é a Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipac/CL), que investe na formação de seus alunos do curso de Comunicação Social, que tem as habilitações de Jornalismo e Publicidade e Propaganda.

Com a primeira turma, formada em julho de 2007, o curso passou por aprimoramento, que inclui laboratórios de rádio e televisão no campus Gigante, onde acontecem as aulas e projetos experimentais. A graduação, para a grande maioria dos formandos daquela época, serviu também de impulso à carreira, já que quase toda a turma já atuava no mercado.

A obtenção do diploma, por aquela primeira turma, trouxe expectativas, numa demonstração de que a expansão do mercado no interior é uma realidade. Com isso, a exigência de bons profissionais torna-se um fato, pois o Jornalismo, mais que um instrumento de veiculação noticiosa, contribui para a construção da história e a consolidação da cidadania.

Em 2007, em entrevista para o Jornal Laboratório da Unipac/CL, o então coordenador do curso, professor Geraldo Seabra, comentava sobre o papel do jornalista no contexto atual: “Se antes a faculdade parecia proteger o aluno, agora a responsabilidade está só e unicamente nas mãos dele, que deve ter uma conduta arrojada. Como educador, acredito no potencial de cada formando; tenho certeza de que serão bons profissionais”, concluiu.

Passados dois anos, a Unipac/CL continua a formar bons profissionais. O professor e doutorando Darlan Santos, hoje coordenador do curso, já parecia antever, naquela época, o sucesso que seria alcançado pelos formados, ao declarar que “confiava que aquele era um grupo especial, por ser o primeiro de muitos que viriam e por contar com pessoas que abraçaram o Jornalismo não só como profissão, mas também como missão de vida”. Acertou em cheio.


Alunos da primeira turma de Jornalismo da Unipac/CL; amor à profissão

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Mulheres, suas conquistas e retrocessos

Diego Xavier – Aluno do 3º Período

O que diria Etta Palm, grande militante do feminismo francês, no século XVIII, se visse a Mulher Melancia dançando créu? E Robespierre, filósofo machista, se acompanhasse a proliferação das “mulheres frutas”? Perguntas difíceis, com respostas impossíveis.

A luta feminista começou na França, no século XVIII, onde algumas mulheres com espírito revolucionário deram a “cara para bater” e lutaram de peito aberto contra a opressão machista, conseguindo, assim, alguns direitos civis. Nesse processo, os méritos couberam a várias militantes, além de Etta Palm: Herbinot Mauchamps, Nutta Barlett James e Berta Lutz foram referências em seus países e no mundo, por seus atos de luta.

No Brasil, temos que reverenciar Carlota Pereira de Queiroz, primeira mulher a atuar no Legislativo, participando da Assembléia Geral Constituinte como representante de São Paulo, em 1933. Há muito tempo, as mulheres vêm conquistando seus direitos através de muitas lutas, e chegaram lá. Hoje, possuem salários equivalentes aos dos homens e os direitos são igualados (pelo menos, em tese). Mas ainda há limitações culturais. Quem nunca ouviu os jargões: “Futebol é coisa de homem”, ou “ Vocês são frágeis demais pra isso”?! Frases machistas que condizem com nossa história.

Desde 1894, quando Charles Miller trouxe o futebol para o Brasil, esse esporte se tornou prioridade masculina. Mas o cenário está mudando e, mais uma vez, as mulheres estão se superando. Podemos creditar isso a Marta, Christine, Formiga e Cia., que nos fazem esquecer as barreiras culturais e vibrar com o futebol que há muito tempo não é praticado pelos homens. O filme “Menina de Ouro”, por sua vez, faz uma crítica à idéia de fragilidade feminina. Através de muita determinação, a personagem Maggie Fitzgerald, interpretada pela atriz Hilary Ann Swank, muda essa visão e mostra que a mulher é capaz de tudo.

O movimento feminista lutou muito para que chegássemos ao século XXI em condições de igualdade total entre os sexos, mas tudo isso está ameaçado pela vulgarização, que vem na contramão dessa linha de conquistas. A mulher, que já foi objeto e se tornou ser ativo na sociedade, está voltando a ser objeto, pois a imagem feminina projetada na mídia faz com que mulheres “andem de ré”. Isso mesmo, um grande segmento de mulheres se tornou mercadoria, tendo, como “carro-chefe”, “exemplos” como a Mulher Melancia.

Em meio a essa realidade, nosso alento é acreditar que essa vertente feminina “hortifruti” é minoria em nossa sociedade. A grande maioria das mulheres ainda mantém firme o ideal feminista, lutando bravamente, no dia-a-dia, pela sobrevivência e a igualdade de direitos. Essas sim, são as verdadeiras herdeiras de Etta Palm, Anita Garimbald, Carlota Queiroz e tantas outras heroínas...

Aluno de Jornalismo visita Rádio Globo no RJ

Juliana Monteiro – Aluna do 7º Período

O aluno Darcy José Emídio, do 8º período de Jornalismo da Unipac/Lafaiete, esteve no Rio de Janeiro, onde visitou os estúdios da Rádio Globo. Na oportunidade, o acadêmico conferiu de perto a produção do programa “Show do Antônio Carlos”, apresentado em rede nacional, de 6h as 9h, na freqüência 1220. Darcy conheceu o apresentador, seus produtores e os jornalistas Gelson Cunha, Ricardo Campelo, Carla de Lucas, Pudica e Luiz Nascimento, apresentador do “Globo no Ar”. O aluno, que reside em Barbacena, já trabalha como repórter, na Rádio Globo de Barbacena, afiliada do Sistema Globo de Rádio. Atualmente, escreve matérias para o jornal Diário Regional, de Juiz de Fora.

O jornalista Gelson Cunha recebeu Darcy nos estúdios da Globo, no Rio de Janeiro

Futuros fotojornalistas “treinam o olhar”

Juliana Monteiro e Frances Santana – Alunas do 7º Período

Mais um trabalho de campo aproximou os estudantes de Jornalismo da rotina de trabalho. Munidos de câmeras e orientados pelo professor de fotojornalismo Ed Felix, acadêmicos do 5° período da Unipac/CL saíram pelas ruas da cidade, em uma atividade que teve como objetivo treinar o olhar dos novos profissionais. Os resultados, segundo o fotojornalista, foram excelentes: “A atividade teve início bem antes, quando eles foram convidados a descobrir o pequeno universo dentro do quarto, da casa, da rua. Daí surgiu a idéia de registrar cenas urbanas, mas não como fotógrafos e, sim, como fotojornalistas. O resultado foi muito interessante”, relatou Ed Felix.

Outra particularidade foi a escolha de máquinas analógicas para realizar o trabalho: “Eles estão acostumados com o digital e têm uma pressa muito grande para conferir os resultados. Optei por usar máquinas de filmes, para que eles pudessem treinar a paciência, característica fundamental para qualquer fotojornalista. O resultado será visto em uma exposição, com data ainda a ser marcada. Acho que essa é mais uma forma de valorizar a qualidade do trabalho e o empenho dos alunos”, ressaltou.

Para a aluna Melise Sales da Nóbrega, a oportunidade de vivenciar um pouco da rotina de um fotojornalista foi uma forma de apurar o olhar, de aprender a ver os detalhes do cotidiano de uma forma diferente: “Procurei focar coisas que fugissem do dia-a-dia do centro da cidade, como a poda de árvores, ou valorizar aquilo que sempre está presente a nossa volta, mas com um novo olhar. Depois passamos para um novo passo, a prática da revelação em preto e branco. Para mim, tudo valeu para que eu reforçasse a minha certeza com relação a profissão que escolhi”, contou. Ariane de Freitas Ferreira destacou a importância de trabalhar a revelação de fotos: “A tecnologia digital quase aboliu o hábito de revelar as fotos e parece que as pessoas esqueceram de como isto é mágico. Fiquei surpresa com os resultados. Isto sem falar no conhecimento que adquirimos. Afinal, poucas são as faculdades que ainda oferecem aos alunos a oportunidade de vivenciar este processo”, frisou.

Para as estudantes, a manhã foi uma espécie de ‘fuga da rotina’: “Divididas em trios, tínhamos apenas uma máquina nas mãos e a liberdade de buscar o particular no mesmo espaço que vemos todos os dias. Durante duas horas, tiramos fotos das pessoas, comércio, ruas, das construções. Percebemos que, dependendo da forma como vemos, tudo pode ser matéria”, disse Josiane Miranda. Kenia da Silva viu a oportunidade como uma forma interessante de aliar a teoria à prática: “Este é o primeiro trabalho externo de fotojornalismo que fizemos e, apesar disso, conseguimos pegar as imagens de uma forma bem espontânea. Foi possível vivenciar um pouquinho do corre-corre o jornalista e observar a reação das pessoas. Acho que aulas assim enriquecem o conteúdo da disciplina e nos preparam para os desafios do mercado”, avaliou.

Estudantes aprovaram a oportunidade de aliar a teoria à prática

Abril Poético leva cultura à região

Marcelo Quintino – Aluno do 3º Período

O grupo Liga Ecológica de Santa Matilde (Lesma), de Conselheiro Lafaiete, promoveu, entre os dias 17 e 25 do último mês, mais um Abril Poético. O projeto, que teve início há 5 anos, tem como objetivo principal o incentivo à cultura.

O festival teve como atrações: palestras, teatro, recitais de poesia, leituras dinâmicas e apresentações musicais, que usaram como palcos os mais variados cenários, como bibliotecas, centros culturais, escolas, comunidades rurais, praças e até mesmo bares.

O tema abordado esse ano foi “Patrimônio”. O “Abril” percorreu 11 municípios importantes da rota da Estrada Real: Catas Altas da Noruega, Itaverava, Santana dos Montes, Cristiano Otoni, Entre Rios de Minas, Conselheiro Lafaiete, Queluzito, Piranga, Ouro Branco, Congonhas e, por fim, Ouro Preto. Entre os diversos artistas participantes, Rogério Salgado e Virgilene Araújo, organizadores do Belô Poético. Também marcaram presença, os artistas da Escola de Belas Artes da UFMG, Alisson Brito e Matheus Romualdo, que apresentaram suas esculturas em material reciclado, representando a zoologia industrial.

A realização do projeto contou com parcerias importantes, como a do Jornal Hoje em Dia e da Prefeitura Municipal de Ouro Preto, além do apoio do site “Recanto das Letras”, organizado pela escritora Ana da Cruz, que é também coordenadora do Abril Poético em Belo Horizonte. Um dos coordenadores do Lesma, Osmir Camilo destacou a importância de se realizar um festival desse nível na região, fazendo apologia à cultura: “Levar o festival para essas cidades tem tudo a ver, porque elas têm um toque cultural e histórico, que enriquece o projeto”, afirmou.

Estudantes têm acesso a estágios

Adriana Moreira – Aluna do 7º Período

O setor de estágios passou por grandes transformações no final de 2008. Primeiro, com a regulamentação da nova lei que garante mais direitos aos estagiários e, em seguida, a crise financeira mundial diminui a oferta de vagas no mercado. Mas os especialistas garantem: as oportunidades estão surgindo novamente.

O primeiro trimestre do ano continua sendo o ideal para os estudantes que buscam uma vaga nas empresas da região. Segundo a coordenadora de estágios da Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipac/Lafaiete), Nívea Campos, empresas de grande porte, como a Vale e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), só abrem processo de seleção no primeiro semestre: “Todas as vagas ficam no quadro de avisos, afixado no 2º andar do prédio Gigante. Até a metade do ano, disponibilizaremos também na internet, para facilitar a vida dos alunos”, adianta.
Vale lembrar que, de acordo com a nova lei, a jornada máxima de trabalho deve ser de seis horas diárias e 30 horas semanais, para não atrapalhar os estudos. As empresas são obrigadas a pagar auxílio transporte e uma bolsa para quem faz estágio não-obrigatório.

A estudante do 6º período de Administração de Empresas, Geisa de Sávio, confirma a importância do estágio para a formação acadêmica: “A prática vivenciada no estágio garante um aprendizado que pode ser porta de entrada para um emprego”, avalia a estudante. No curso de Jornalismo da Unipac/CL, vários alunos também participam de estágios, em órgãos de comunicação e assessorias, em Lafaiete e cidade da região.

A contratação de estagiários prevê incentivos fiscais. As empresas ficam livres do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e do 13º Salário. A procura pelas oportunidades, de acordo com o superintendente do Centro Integração Empresa Escola (CIEE), Eduardo Oliveira, é maior entre os estudantes das áreas de Administração, Comunicação, Informática e Engenharias. Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Estágios, em 2009, o setor de já movimentou 150 mil oportunidades no país.

Portadores de necessidades especiais sofrem com a falta de acesso 

Márcia Bergo – 7º Período

Com o crescimento das cidades, aumentam também os problemas de locomoção, para portadores de necessidades especiais. Tudo por conta da falta de planejamento de vários municípios. Em Lafaiete, já se pode sentir os reflexos do problema. Calçadas esburacadas e cheias de entulhos, além da falta de rampas, dificultam a passagem de muita gente.

Entretanto, algumas iniciativas merecem destaque. A Câmara Municipal de Lafaiete está se adaptando às necessidades dos portadores de deficiências. De acordo com o diretor-geral, Anderson Leonardo Tavares, o elevador está em fase de finalização e deve começar a funcionar nos próximos dias: “O elevador dará acesso a todos os andares do prédio, inclusive ao Teatro Municipal. Além disso, estamos eliminando alguns desníveis do caminho e alargando portas. Com a reforma, serão criados banheiros específicos para cadeirantes e vagas próprias no estacionamento. Tudo para garantir que todos possam ter total acesso à Câmara, sem nenhuma dificuladade”, afirmou. A Câmara Municipal é o único órgão da cidade que está em reforma para se adequar à NR 9050, que é a Norma Regulamentadora, publicada em 2004, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), prevendo a acessibilidade de portadores de deficiências em órgãos públicos.

A empresa de transporte coletivo da cidade já dispõe de veículos com elevadores. Mas, de acordo com a estudante de Terapia Ocupacional Renata Dias Costa, 21 anos, que é cadeirante, a maior dificuldade ainda se refere ao transporte: “Nem todos os ônibus são adaptados à cadeira de rodas; por isso, quando preciso usar o transporte coletivo, tenho de telefonar para a empresa, para que eles providenciem o ônibus adaptado. As ruas e passeios esburacados e sem rampas também dificultam o acesso”, completou Renata, que é funcionária da Unipac/CL e atleta para-olímpica, ganhadora de várias medalhas.

Jornalismo da Unipac/CL no Programa do Jô

Kamirra Recla e Marcelo Quintino – Alunos do 3º Período

Estudantes de Jornalismo da Unipac Lafaiete, juntamente com recém formados do curso, participaram, no dia 20 de abril, das gravações do Programa do Jô, nos estúdios da Rede Globo, em São Paulo.
A viagem contou com a participação de 27 alunos e egressos, que aproveitaram para conhecer o processo de produção de um programa televisivo, além, é claro, da animada participação na platéia de Jô Soares. A gravação ocorreu no período da tarde, entre as 14 e 19 horas, e os programas foram ao ar nas madrugadas de terça-feira, 21, e sábado, 25.
Entre as atrações, figuras ilustres como o grande tenor Andrea Bocelli, Daniel Filho (diretor do filme “Se eu fosse você 2”), e o escritor Ferreira Gullar. Para os estudantes, a experiência foi enriquecedora: “Jô é um apresentador brilhante e a todo instante interage com a platéia. Observamos ainda que a produção do programa envolve uma grande equipe, que trabalha intensamente”, contou Kamirra. Jô, por sua vez, parece ter aprovado a participação dos alunos da Unipac: "Esta platéia está excelente! Quanta animação. Uhu", brincou o apresentador.


Um grupo de alunos e ex-alunos do curso de Jornalismo, da Unipac/CL, foi ao Programa do Jô

Os estudantes puderam conferir de perto toda a produção de um programa de TV

quarta-feira, 29 de abril de 2009

QJornal é esse?

Esse blog foi criado pelos alunos do curso de Comunicação Social / Jornalismo da Unipac Lafaiete. O objetivo é divulgar matérias escritas por estes futuros profissionais. Mostrar o que o internauta quer ler, com textos dinâmicos que focam Lafaiete e a região, enaltecendo as belezas e riquezas da comunidade. O que há de mais moderno no mundo da tecnologia, as novidades na educação, esporte e lazer estão aqui. A cultura também não fica de fora. Mas quem procura tragédia está no lugar errado. No QJornal você vai encontrar informações úteis para a sociedade. Enfim, o blog vem mostrar o que a galera está produzindo de uma forma positiva e sem perder o foco no jornalismo sério e com responsabilidade. E para isso, nada melhor do que utilizar um meio de comunicação democrático: a internet, que, através do blog, auxilia e estimula a produção de textos.

Márcia Bergo

sábado, 25 de abril de 2009

Governo reajusta preços de remédios


Sérgio Alfenas e Jacqueline Romero – Alunos do 7º Período

A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) informou que cerca de 20 mil medicamentos sofreram reajuste neste mês de abril. O aumento médio varia de 3,18% a 5,9%, de acordo com a Cmed. Somente os fitoterápicos, homeopáticos e matérias-primas farmacêuticas não estão submetidos ao teto do reajuste.

Para os proprietários de farmácia, esse aumento já era esperado. As indústrias e distribuidoras repassam obrigatoriamente aos estabelecimentos que comercializam os remédios (drogarias e farmácias) o diferencial do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), entre o estado de origem e o destino. Esse reajuste anual é calculado com base na variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), cargas tributárias do ICMS, PIS/PASEP e Cofins, tudo na forma da lei.

Grandes redes como Araújo e Onofre conseguem acordos com indústrias ou distribuidoras, devido ao grande volume de mercadoria que adquirem. Com isso, podem dar descontos sem prejuízos.

Os remédios mais usados são direcionados a cardíacos e diabéticos, além daqueles prescritos para doenças sazonais como gripes e resfriados e os de uso psiquiátrico. Atualmente, esses medicamentos são fornecidos gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ou adquiridos nas farmácias populares, por baixo custo.

A farmacêutica responsável pela Drogaria São Camilo, em Ouro Preto, Ana Alice Leocádio, 43 anos, informou que na drogaria os clientes hipertensos, que fazem uso contínuo de certos medicamentos gastavam cerca de R$ 58, e passaram a gastar R$ 61,40. Ela adverte: “Remédios vendidos via internet ou com desconto muito alto podem ser falsificados e não devem ser adquiridos”.

O cliente Sebastião Monteiro, 73 anos, lamenta o aumento de preços: “Infelizmente, temos que aceitar. Sei que a culpa não é das farmácias e, sim, desse governo. Aposentado nesse país não tem vida”, reclama. Adriana Niquini, 29 anos, proprietária de concessionária de veículos, também reclama do reajuste: “Como meu filho tem uma síndrome genética, precisa de certos medicamentos. Não posso simplesmente mudar a prescrição ou parar de comprar”, afirma. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dispõe de um site, o www.anvisa.gov.br, para informações sobre medicamentos.

Usuários de medicamentos reclamam do reajuste, que já está em vigor

Sine de Congonhas busca alternativas contra desemprego


Ana Paula Resende e Rosane Barbosa – Alunas do 7º Período

Com a crise, o número de desempregados aumentou, o que fez com que crescesse também a procura pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine). Além de captar vagas e tentar inserir os desempregados no mercado de trabalho, o Sine tem como objetivo capacitar pessoas, através de cursos profissionalizantes.

De acordo com o chefe do Departamento de Intermediação e Emprego do Sine de Congonhas, Marcos Donald Gonçalves Villeigas, até outubro de 2008 havia um saldo positivo de postos de trabalho e a relação entre admitidos e demitidos era de 24,02%. Mas desde novembro houve um aumento significativo de entradas no seguro desemprego: “Em novembro, a relação entre admitidos e demitidos caiu 6,25% e em dezembro, 2,96%. O seguro desemprego aumentou em média 30% a 40% por mês. Só este ano, até abril, já foram realizadas 1231 entradas no benefício, quase metade do que foi postado o ano passado inteiro”, afirma Villeigas.

Para atender a essa demanda, o Sine de Congonhas criou três cursos, bem diferentes dos habituais: Manicure e Pedicure, Jardinagem e Condutor de Turismo. Segundo Marcos, a estratégia é criar empregos alternativos: “Os cursos têm focos um pouco diferenciados na geração de emprego direta, mas são formas alternativas de trabalho e renda. Se no momento nós não temos vagas de emprego, então vamos capacitar nossa população para outras oportunidades. O turismo aqui em Congonhas é um campo enorme a ser explorado”, explica.

O Sine de Congonhas atende cidades como Jeceaba, Entre Rios de Minas e São Brás do Suaçuí. Atualmente, está envolvido no projeto Usina do Trabalho, um programa do Governo Estadual com objetivo de qualificação profissional, através da parceria entre o Estado, Sine e empresas, oferecendo cursos profissionalizantes de mecânica, elétrica e eletromecânica, realizados pelo CET. Mais informações sobre cursos e vagas oferecidas pelo Sine de Congonhas podem ser obtidas pelos telefones (31) 3731-1727 e (31) 3731-3042.

No Sine de Congonhas, cresce a procura por novas vagas no mercado de trabalho

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Tatuagem: estilo x preconceito


Marcelo Vieira – Aluno do 7º Período

Considerada adorno, arte ou forma de expressão, a tatuagem ainda é motivo de preconceito, em vários segmentos da sociedade. Nas comunidades ou no mundo dos negócios, esses desenhos e pinturas sobre a pele são interpretados, muitas vezes, de forma negativa. A tatuagem reforça o fundamento cultural do indivíduo, comportamentos, jeitos de ser de pessoas com as mesmas características sociais ou religiosas.

O tatuador Lucas Phillipe Silveira Barreto, 21 anos de idade e sete de profissão, lamenta o preconceito sofrido por parte da sociedade: “Sou católico e tenho tatuagens. Não sou bem visto na igreja e percebo o preconceito. Quem tem tatuagem é tido como doido e também é discriminado nas empresas. A tatuagem não faz da pessoa um marginal”, desabafa.

O estúdio de Lucas fica em Ouro Branco: o estúdio Lótus Tattoo faz em média 80 tatuagens por mês. Os valores variam entre R$ 50 e R$ 200, de acordo com a complexidade do desenho. Seu faturamento mensal gira em torno de R$ 2.500 a R$ 3.000. Segundo Lucas, “o maior problema que os tatuadores enfrentam é com relação à insegurança e mudança de desenho, por parte do cliente, momentos antes da execução da tatuagem. Isso ocorre principalmente entre as mulheres”, comenta.

MERCADO DE TRABALHO
De acordo com Renata Schaefer Moura, coordenadora de recursos humanos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a empresa não tem políticas de restrição para empregados tatuados: “O candidato com tatuagens à mostra não sofre preconceito por parte da CSN. Entretanto, candidatos tatuados não são indicados para empresas que trabalham com atendimento ao público, em função da aparência”, ressalta a coordenadora.


Fábio Barros Ferreira, 30 anos, gerente da Lajes e Premoldados Nunes, diz que sua empresa não tem restrições à funcionários tatuados, já que o setor exige mão-de-obra pesada e há escassez desse perfil na região. Mas, para cargos administrativos, opta-se pelo candidato sem tatuagens: “Temos um funcionário exemplar que é tatuado, mas não contrataríamos alguém tatuado para secretário ou vendedor. Há clientes com preconceito e podem não comprar por isso”, admite Fábio.

Gilson Roberto de Abreu, 38 anos, afirma que ainda há muito preconceito. Ele comenta que em sua cidade, Ouro Preto, já foi humilhado várias vezes pela polícia: “Estava andando pela rua com minhas tatuagens à vista e a polícia me abordou para me chamar de vagabundo. Perguntaram o que eu tinha na cabeça para fazer essas coisas. Tenho três filhos e sempre fui trabalhador”, alega.

A origem da tatuagem é controversa, mas documentos históricos indicam que a arte era praticada no Antigo Egito entre 4.000 e 2.000 a.C., para identificar prisioneiros no Vale do Rio Nilo. No Japão e na China, a tatuagem surgiu há cerca de sete mil anos. No Brasil, o precursor da tatuagem foi o dinamarquês Knud Harald Lucky Gegersen, conhecido como Lucky. Chegou ao país em 1959 e se estabeleceu na cidade de Santos. Lucky virou notícia em 1975, quando o jornal O Globo o considerou o único tatuador profissional da América do Sul. Ele morreu em 18 de dezembro de 1983. De lá para cá, o gosto pela tatuagem e a profissionalização do setor só cresceram.

O tatuador Lucas em seu estúdio; equipamentos são esterilizados a cada novo trabalho

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Ouro Preto Sorridente


Marcelo Nolasco – Aluno do 7º Período


O Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) está credenciado junto ao Governo Federal e recebe recursos do Ministério da Saúde, de acordo com definição da Portaria MS nº 1.571, de 29 de julho de 2004. Em Ouro Preto, são oito unidades, sendo duas na sede e seis nos distritos. Cada unidade conta com sete cirurgiões dentistas, que atendem a aproximadamente oito pacientes por dia, além dos casos de emergência.

A técnica Efigênia Cristina Estarlino destaca os serviços oferecidos: “São tratamentos em clínica geral, gengiva, canal, pequenas cirurgias e serviços de prótese, entre outros”.
O paciente Dênis Guedes Gomes elogia a infra-estrutura: “A qualidade é excelente e, por isso mesmo, a procura é grande. O tratamento torna-se, assim, um pouco demorado. Estou aguardando minhas próximas consultas”, declara.

Segundo a coordenadora da Unidade Central de Saúde, instalada na Unidade de Pronto Atendimento de Ouro Preto, Luiza Helena Gomes, a demora no atendimento se dá devido à grande demanda. Luiza destaca ainda a evolução da unidade, a partir de julho de 2004, quando o programa foi implantado: “Inicialmente, eram realizados apenas procedimentos mais simples, como extração dentária e aplicação de flúor. Agora, são diversos serviços”.


Exposição Artechão completa oito anos


Luma Barra – Aluna do 7º Período

Inaugurada em 2001, a exposição anual Artechão está completando oito anos. Nesta edição, a mostra ganha a participação especial dos Amigos do Movimento Artechão (Amarte). Os tapetes ficarão expostos das 10h às 18h, até o Domingo de Páscoa, no Salão de Confissões, ao lado da Basílica do Bom Jesus, em Congonhas. A entrada é gratuita.

Além do público que circula pelo salão da exposição, um grande número de pessoas pode ver os 24 tapetes da exposição e as passadeiras rústicas que enfeitam o trajeto, de aproximadamente 1200 metros, entre a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição e a Basílica do Bom Jesus de Matosinhos, por onde passa a procissão da Ressurreição, na manhã do Domingo de Páscoa.

Há oito anos, a exposição Artechão valoriza a cultura e as belezas de Congonhas

A prática de enfeitar as ruas em Congonhas já vem de longa data e em diferentes épocas contou com a contribuição de várias gerações de voluntários: “Em 2007 e 2008, contamos com a presença de cerca 4000 visitantes congonhenses e turistas de 49 cidades mineiras, 11 estados brasileiros e outros 8 países”, ressaltou Joaquim Cordeiro, curador da exposição.

Este ano, os artistas focalizam 12 diferentes aspectos do mesmo patrimônio: a Igreja Matriz de São José. Com base em pesquisas e na sensibilidade, os artistas chamam a atenção da comunidade e dos turistas para a importância dos patrimônios materiais e imateriais da cidade dos profetas.

Congonhas resgata culinária regional


Alexandre Costa – Aluno do 7º Período


Bolos, broas e pães, temperados por apresentações musicais, são alguns dos ingredientes da 9ª edição do Festival de Quitanda, que acontecerá na Romaria, em Congonhas, entre os dias 16 e 17 de maio. O evento contará com a participação das cidades do Circuito do Ouro, entre outras convidadas, como Entre Rios de Minas e São Brás do Suaçuí.

Nesta edição, o concurso de quitandas mantém a divisão em três categorias. São elas: “prata da casa”, “regional”, e “comércio especializado”, que reúne quitandeiras de padarias e lanchonetes de Congonhas e região. O evento cultural é patrocinado pela Emater, Café Camapuã, Itambé, Cachaça Liberdade, Cachaça Barroca e o Rocambole de Lagoa Dourada.

Alunos de Jornalismo fazem trabalho de campo


Frances Santana e Juliana Monteiro – Alunas do 7° período

Alunos do 7° período de Jornalismo, da Unipac/CL, tiveram a oportunidade de conhecer, na prática, as estratégias de marketing utilizadas no comércio de Lafaiete. A aula sobre tomada de decisão e comportamento do consumidor foi ministrada pela professora da disciplina Comunicação e Marketing, Viviam Lacerda, na quinta-feira, dia 2, em um supermercado da cidade.

Segundo a professora, os resultados fora excelentes: “Durante toda a aula de campo, os alunos mostraram-se bastante entusiasmados. Eles questionaram a aplicabilidade dos conceitos e tiraram suas dúvidas. A intenção foi estimular o senso crítico, diante das estratégias de marketing, além de abordar o discernimento na tomada de decisão no processo de compra. Assim, os alunos puderam se conhecer como consumidores e compreender os motivos que nos levam a adquirir determinados produtos ou serviços, levando em conta concorrência, qualidade, preço etc.”, enumerou.

O acadêmico Marcelo Vieira considerou positiva a experiência: “Entramos no supermercado com o objetivo de analisar criticamente as intenções de compra e os fatores que a influenciam. Com isso, pudemos perceber estratégias e táticas que o marketing usa. Observei que, muitas vezes, os consumidores saem com intenção de comprar determinado produto pela necessidade e acaba comprando uma idéia ou valor embutido. As próprias pessoas dentro do estabelecimento acabam influenciando umas às outras”, destacou.

Para Michelle Borges, foi interessante enxergar as estratégias de marketing de outra maneira: “Atividades como essa nos deixam com um olhar mais crítico, aguçam nossa percepção. Depois dessa aula, fica fácil perceber como as empresas nos incitam a comprar, principalmente o que não precisamos”, observou.

Arquitetura: Testemunha da história Lafaietense


Everaldo Gomes – Aluno do 7º Período

O estilo arquitetônico está intimamente ligado à evolução intelectual e cultural de um povo. Desde as cavernas, ocas indígenas, passando pelas casas de pau-a-pique dos quilombos, as casas em adobe, as tumbas egípcias, até os arranha-céus em aço e concreto. Arrojadas, futuristas, modernas ou conservadoras, as edificações são reflexo, expressão do estilo de vida e da forma de pensar de um povo.

Muitos dos que andam pelas ruas certamente não observam a diversidade e as riquezas arquitetônicas. Em qualquer lugar, em qualquer cidade, um olhar mais atento é capaz de descobrir verdadeiras obras de arte acima das cabeças apressadas do dia-a-dia, escondidas sob letreiros luminosos ou deformadas pelas “reformas”. A existência de uma comunidade, sua evolução ao logo do tempo e sua história podem ser contadas através da variedade de estilos das construções.

Em Lafaiete, a cadeia pública tornou-se museu; o sobrado Gabriela Mendonça é hoje a Casa de Cultura; sem falar no solar do Barão de Suassui, conhecido como Castelinho, que possui significados diferentes para gerações distintas (já abrigou até uma danceteria). Para muitos, um simples olhar para a fachada de clubes como D.Pedro II, Sider, Bando da Lua e Atlanta remete a uma viagem por tempos e bailes que não voltam mais. O célebre romance “A escrava Isaura”, de Guimarães Rosa, foi escrito em Lafaiete. Mas, certamente, não foi em um supermercado ou em um apartamento.


Em todo lugar há sempre um “guardião do tempo”, uma casa antiga ou um prédio. Por coincidência ou capricho do universo, a convivência harmônica não deixou de ser expressa. Na rua Afonso Pena, ao lado da escada do Rosário, o antigo e o moderno se contemplam. O prédio envidraçado reflete os detalhes de uma das obras mais antigas da cidade, provocando uma reflexão, no mínimo, interessante.


O prédio envidraçado reflete os detalhes de uma das obras mais antigas da cidade

No passado, era muito comum referir-se à construção de acordo com as famílias que a construíam ou a ocupavam. Hoje, já não é mais assim, a individualidade do mundo moderno criou as quitinetes e os aparts, com ampla liberdade para o isolamento. Mas, como tesouros a serem descobertos, nossa Lafaiete ainda guarda resquícios daqueles tempos. Basta que os procuremos.


A cidade ainda abriga antigos casarões, como o da rua Afonso Pena, ao lado da escada do Rosário

Blogs tomam conta da rede


Marcelo Vieira – Aluno do 7º Período


A internet está cada vez mais presente na vida das pessoas e um fenômeno que justifica tal evolução é a chamada blogosfera: o mundo dos blogs. Originalmente, o blog surgiu como componente de sites, mas evoluiu para diários on line e hoje rende até dinheiro para os mais visitados. O termo surgiu há cerca de 10 anos e sua principal atração é a facilidade de criação e edição, disponibilizadas por ferramentas próprias dos sistemas.

Os mecanismos de gerenciamento de conteúdo ou plataformas mais conhecidos são o Wordpress e o Blogger. Com poucos cliques, qualquer usuário publica conteúdo e interage com seus leitores, através de comentários – uma das características mais importantes dos blogs. Um blog típico possui texto, imagens e links. Existem ainda outras derivações do blog, como flog ou fotolog, que também é um registro publicado na web, mas com a predominância de fotos ao invés de texto.

Uma nova tendência dos blogueiros é a de tornar seu espaço virtual uma fonte de renda. Os blogs ganham dinheiro quando os visitantes clicam nos anúncios do site. Os valores variam e há também os ganhos por referências – aqueles anúncios relacionados ao conteúdo do site. A democratização da internet está relacionada com o blog e o processo de se comentar. A ferramenta de busca de blogs Technorati rastreou, recentemente, a existência de mais de 112 milhões de blogs.

Internet é a preferida entre os jovens


Ana Paula Resende e Rosane Barbosa - Alunas do 7º Período


A falta de tempo e a velocidade da informação têm feito com que um grande número de pessoas procure a internet para se informar. O que mais atrai o público é a agilidade do veículo e o poder que o usuário tem de ir direto ao assunto que lhe interessa, diminuindo assim, o tempo gasto em pesquisas.

É o caso do estudante do 8º período de Sistemas de Informação, da Unipac Lafaiete, Fernando Henrique Resende Campos: “Eu não tenho muito tempo, porque trabalho e estudo, mas preciso me manter informado. Então, aproveito as oportunidades que tenho, como o horário do almoço, para navegar na internet”, afirma. Fernando, de 22 anos, falou ainda das informações que mais procura: “Por fazer um curso voltado para a tecnologia, preciso estar sempre pesquisando sobre o assunto”, completa.

A aluna do 6º período de Engenharia de Segurança do Trabalho, Ana Flávia Santos Sousa, 21, também obtém informações na web: “Passo aproximadamente umas três horas diárias na internet, onde busco informações sobre os assuntos que mais me interessam. É muito importante ficar atualizada; entre outras coisas, isso me ajuda a fazer os trabalhos e a participar das discussões em sala de aula”, declara. Segundo Ana Flávia, a internet não é o veículo que mais se aprofunda nas informações, porém, é um veículo ágil e prático.

A vida atribulada faz com que as pessoas dediquem menos tempo à busca de informação. No entanto, elas não deixam de se informar; apenas migram-se para meios mais rápidos, como a internet. Segundo a Fuvest e o INEP/MEC, entre os formandos que fizeram o Provão, 95% acessam a internet. Apenas 5% declararam que não têm acesso a web.

ABL lança obra com novas regras ortográficas


Michelle Borges – Aluna do 7º Período


Após 18 anos da elaboração do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, a Academia Brasileira de Letras (ABL) lançou a 5° edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp). Evanildo Bechara, coordenador da Comissão de Lexicografia e Lexicologia da ABL e principal responsável pelo Volp, especificou os critérios adotados pela comissão: “Respeitamos o acordo e estabelecemos uma linha de coerência, quando surgiam princípios aparentemente contraditórios. Além disso, procuramos preservar a tradição ortográfica decorrente das reformas anteriores”, afrmou.

Segundo Bechara, “o objetivo da reforma é acabar com as diferenças entre a grafia do Brasil e a dos demais países que têm o Português como sua língua oficial e, com isso, aproximar as culturas desses países”.


O acordo ortográfico foi proposto pela Comunidade dos Povos de Língua Portuguesa (CPLP), com a intenção de uniformizar a ortografia dos oito paises que falam português; Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Atualmente, a Organização das Nações Unidas adota o inglês, o francês, o espanhol, o russo, o árabe e o chinês como idiomas de documentos e reuniões oficiais. Com a mudança na nova ortografia, é possível que a língua portuguesa possa também se tornar uma língua oficial da ONU.

No Brasil, as alterações na grafia atingem aproximadamente 0,5% das palavras. Com tiragem inicial de 40 mil exemplares, ao preço de R$ 120,00 a unidade, o Volp foi publicado de acordo com as instruções da Comissão de Lexicologia e Lexicografia da ABL, formada pelos acadêmicos Eduardo Portella, Alfredo Bosi e Evanildo Bechara. O dicionário possui 976 páginas, 340 mil verbetes, com um vocábulo ou expressão por verbete da língua portuguesa, 1.500 verbetes de palavras estrangeiras e 4.487 vocábulos para reduções, com abreviaturas, abreviações, siglas e outras formas de maior uso.

Uma edição eletrônica está disponível no site da ABL. Vale lembrar que o acordo entrou em vigor em janeiro deste ano, mas as normas ortográficas antigas podem ser usadas até dezembro de 2012, inclusive nos exames escolares, concursos públicos e vestibulares.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Água ainda é usada irracionalmente

Adriana Moreira – Aluna do 7º período

O dia mundial da água foi comemorado no dia 22 de março. Na ocasião, 22 duas mil pessoas debateram o assunto no Fórum Mundial de Água, realizado na Turquia. No evento, ficou evidente a dificuldade em tornar o recurso natural acessível a todos. Em todo o mundo, milhões de pessoas reclamam sobre a distribuição do recurso natural, mas grande parte da população ainda usa a água de maneira irracional.

Em Ouro Preto, muitos moradores reclamam da falta de abastecimento, principalmente em épocas em que a cidade recebe um número expressivo de turistas. Segundo a moradora do bairro Bauxita, Rosilene de Matos Vieira, no carnaval é o problema se agrava: “Chegamos a ficar até três dias sem abastecimento. Como o bairro recebe muita gente, a distribuição é insuficiente”, reclama.

O município possui 45 sistemas independes de captação e distribuição de água. O Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto (Semae) de Ouro Preto distribui 16 milhões de litros de água por dia dentro da cidade, o que representa 400 litros de água por pessoa/dia. Essa quantidade é o suficiente para abastecer um município com 70 mil habitantes e Ouro Preto possui 40 mil pessoas na sede. O técnico químico do Semae, Cláudio Soutto Mayor, explica que o grande problema é o uso descontrolado da água: “Nas cidades em que os moradores pagam pelo serviço, o consumo é de, no máximo, 200 litros por pessoa. Em Ouro Preto, como não precisamos pagar, grande parte da população não se preocupa com a economia”, alerta.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 22 milhões de pessoas não dispõem de água potável no Brasil, sendo obrigadas a consumir água de baixa qualidade, expondo-se ao risco de contrair doenças e ter seu desenvolvimento social e econômico prejudicado, afetando toda a sociedade, direta ou indiretamente. Para economizar água e contribuir com o meio ambiente, algumas atitudes são muito importantes, como não tomar banho demorado, escovar os dentes com as torneiras fechadas, consertar vazamentos, entre outros.

Adoção: Ato de amor que muda destinos

Ana Paula Resende e Anízia Sol – Alunas do 7º período

No Brasil, há estimativas de que aproximadamente 80 mil crianças moram em abrigos e sonham com um lar. No entanto, para se adotar uma criança, a fila é longa e a espera pode durar anos. Isso acontece por conta da burocracia e pelo perfil solicitado por adotantes, de crianças com até dois anos de idade.

O caso da professora Flávia, 47 anos, foi diferente. Em outubro de 2007, ela adotou duas crianças, de 4 e 2 anos. Flávia conta que inicialmente pensava em adotar apenas uma menina, mas, quando conheceu as duas crianças, se apaixonou: “Quando os conheci, o coração falou mais alto e decidi que queria os dois como meus filhos”.

A professora, que também tem dois filhos biológicos, explica que um dos motivos que a levou à adoção foi a inquietação de saber que existem crianças precisando de amor: “Ninguém deve ter medo; é um ato de amor. Além disso, todos os receios acabam quando você pega aquela criança no colo”, destaca.

Para entrar com um processo de adoção no Brasil, é preciso dirigir-se a uma Vara da Infância e Juventude com a carteira de identidade e um comprovante de residência. Em seguida, é agendada uma entrevista com o setor técnico, com encaminhamento do processo. Em entrevista, o interessado preenche a ficha de triagem, entrando em uma lista de espera. Com a aprovação do pedido, a pessoa está apta a adotar. Vale lembrar que, quanto menos restrições são apresentadas quanto ao perfil das crianças, menor é o tempo de espera.

Down: A luta pela inclusão

Carlos Osório – Aluno do 7º período

“Inclusão para a Autonomia” foi o tema do Dia Internacional da Síndrome de Down, que acontece em 21 de abril. Neste ano, a data, estabelecida pela Down Syndrome International, coincidiu com os 50 anos da descoberta da alteração no cromossomo 21, responsável pela deficiência.

A presidente da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (FBASD), Cláudia Grabois, reforçou a importância do trabalho para inclusão dos portadores de Down: “O tema desse ano resume todo nosso trabalho, o que esperamos e devemos oferecer aos nossos filhos e parentes com Síndrome de Down”, frisou. Em várias cidades, palestras, seminários, sessões solenes, pronunciamentos e caminhadas foram realizados, incentivando a autonomia dos portadores de Síndrome de Down.

Em Lafaiete, a sociedade “Viva Down” participou de uma missa em ação de graças, na Igreja de São João Batista, no bairro São João. O evento contou com a presença das crianças atendidas pela associação, pais, amigos e parentes.Segundo resultados do Censo 2000, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 14,5% da população brasileira (aproximadamente 24 milhões de pessoas) têm alguma deficiência física ou mental.

Características clínicas

A Síndrome de Down, uma combinação específica de características fenotípicas, inclui retardo mental e uma face típica. É causada pela existência de três cromossomos 21 (um a mais do que o normal), sendo uma das anormalidades cromossômicas mais comuns em nascidos vivos. As pessoas com Síndrome de Down costumam ter baixa estatura e desenvolvimento físico e mental mais lento. Entretanto, embora as pessoas com a síndrome tenham características físicas específicas, geralmente apresentam mais semelhanças do que diferenças com a população em geral. Podem desenvolver atividades normais, estudando, trabalhando e se relacionando com outras pessoas.

Grupo de Capoeira promove integração social


Eliane Vianna – Aluna do 7º período

“Amor pelo esporte e pela cultura afro-brasileira”. É assim que os integrantes de um grupo de capoeira, de Ouro Branco, definem seu envolvimento com essa atividade secular. Criado em 1997 pelo professor Kojak, o grupo integra a Fundação Internacional Capoeira Artes das Gerais, que reúne capoeiristas de todo o país. Atualmente, o grupo atende na cidade, gratuitamente, a cerca de 600 crianças de escolas da rede pública de ensino, além de 40 adolescentes e adultos, que se reúnem na praça Santa Cruz.

Coordenado por Wanderson Wagner de Campos, o grupo ajuda a divulgar a cultura afro-brasileira em Ouro Branco e região. Wanderson, que é mais conhecido como “professor Sapo”, pela altura de seus saltos durante o jogo de capoeira, é personal trainer, formado em Educação Física pela Faculdade Santa Rita (Fasar) e pratica capoeira desde os 15 anos.

Ele explica que a idéia de formar um grupo de capoeira surgiu em 1997, com o professor Kojak: “O professor veio para Ouro Branco e iniciou um trabalho na Academia Performance. Em 2001, ele viajou para a Europa, onde foi difundir o esporte. Assim, fiquei responsável pelo trabalho e implementei mudanças, retirando o esporte da esfera exclusiva da academia e levando-o para o espaço público”, explicou.

De acordo com o professor Sapo, o grupo desenvolve várias atividades: “Ao longo das reuniões, temos aulas teóricas sobre capoeira e cultura afro. Além disso, promovemos aulas práticas, expressão corporal e iniciação musical, com instrumentos de percussão”. O grupo não recebe nenhum tipo de apoio para se manter: “Estamos buscando parcerias através de projetos de lei de incentivo à cultura, além do apoio da iniciativa privada. Não contamos com o apoio de nenhuma empresa, o que é uma pena, já que o esporte tem sido tão benéfico para a sociedade. As principais dificuldades do grupo são a falta de uma sede e de recursos para uniformes, materiais e viagens”, afirmou.

Saiba mais

Segundo historiadores, a capoeira é uma manifestação afro-brasileira que teve início no Brasil, motivada pela ânsia de liberdade dos escravos africanos frente ao sistema escravista. A partir do século XIX, nos estados da Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco, a capoeira ganhou formas peculiares, sem perder os interesses de liberdade e cidadania. Em 1937, foi legalizada por Getúlio Vargas em uma apresentação feita por mestre Bimba, no Palácio do Catete. É nessa época, final do século XIX e meados do XX, que a capoeira começa a se organizar em forma de roda, sendo realizada em dias de festas populares e religiosas, como um jogo.

O grupo de capoeira de Ouro Branco luta para construir sua sede e reivindica apoio da iniciativa privada e reconhecimento através da Lei de Utilidade Pública. Interessados na prática de capoeira podem entrar em contato com o professor Sapo, através do telefone 8786-3996.

Alunos durante um encontro de capoeira, na praça de eventos de OB