terça-feira, 7 de julho de 2009

A indústria da beleza em Lafaiete

Eliane Dorletto – 7º Período

O crescimento da indústria da beleza no país, no último ano, foi da ordem de 8,7%, de acordo com dados da Associação da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. Isso faz do Brasil o terceiro mercado mundial de produtos capilares e o décimo em cremes e loções para a pele.

Em Lafaiete, é grande o número de salões e clínicas especializadas em estética e beleza corporal, como facilmente se pode perceber ao caminhar pelas ruas do centro e dos bairros da cidade.

Segundo o Sindicomércio, órgão que representa a classe patronal da categoria, não há dados específicos sobre o número de salões existentes, já que nenhum dos salões da cidade é sindicalizado junto à entidade, conforme informação prestada pela auxiliar administrativa Rosana Costa. Ela ressalta, ainda, que o sindicato só possui dados específicos dos associados.

A situação é bem parecida junto à Câmara de Dirigentes Lojistas de Conselheiro Lafaiete. Em sua relação de associados, consta apenas um salão cadastrado, num universo de supostamente 500 estabelecimentos desta natureza. Com base em informações colhidas na entidade, somente o Salão Marlene Gonzaga, da rua Assis Andrade, 491, é filiado ao CDL.

Em entrevista à nossa reportagem, um dos proprietários do salão Marlene Gonzaga, Antônio Carlos, informou que, por motivos profissionais e éticos, optou pela associação de seu salão junto à CDL. O salão tem uma média de 15 atendimentos/dia no horário comercial, e é especializado em mega hair e química.

Questionada sobre o que é mais importante em um tratamento de beleza, a comerciária Simone A. Pereira é enfática: “O que prevalece é o resultado, independente da segurança e do preço”. Já Eva Barbosa, empreendedora do ramo, pondera: “Todos os itens são importantes, mas o resultado é o que faz a cliente voltar”, frisa.

Para o dermatologista da Fundação Ouro Branco, Faissal Mohamad Abu-Safa, o uso de produtos somente por influência de propaganda pode ser perigoso e trazer sérios problemas, inclusive alergias a determinadas substâncias. Segundo o médico, “a maioria das pessoas que reclama da falta de resultados dos produtos utilizados, não recebeu prescrição médica ou de um especialista”. Ele recomenda que, a qualquer sinal de irritabilidade, deve-se suspender imediatamente o uso.

Faissal ressalta, ainda, a necessidade de higiene e proteção, por parte dos cabeleireiros que trabalham com determinados produtos. Deve-se usar luvas e máscaras. Em salões, vários equipamentos devem ser individuais, como alicates. Tesouras e escovas devem ser constantemente limpos: “Pessoas com problemas dermatológicos devem procurar acompanhamento médico, antes de iniciar qualquer tratamento”, conclui.

O dematologista Faissal Mohamad: “Produtos inadequados podem ser prejudiciais”

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